Lar : parte 1

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Mu Qing nunca pensou que sentiria falta de algum lugar. Quando era pequeno, sua casa na periferia era pobre, minúscula e modesta. Apenas um lugar para descanso, um lugar para se proteger da chuva e do frio. Na montanha ele se sentia um estranho e nada mais que um servo. Mesmo em seu palácio na cidade celestial, a solidão das paredes douradas eram tão maçantes que ele tentava não pensar tanto aquilo ao se recolher no escritório e se afogar em pergaminhos de orações.

Mas, de volta a seita ChangYao, sentado em sua própria cama, com Feng Xin o abraçando por trás, pela primeira vez na vida, se sentia em casa. Ele quase podia suspirar por isso.

Uma vez dentro da cidade de GueYue, era permitido fazer matrizes de encurtamento de distância, então, usando toda e energia que tinha, Feng Xin criou uma direto para a seita ChangYao, levando todos de volta em segundos para seguirem com as investigações e pesquisas.

O unico porem daquilo era que, a não ser Zhen Jiahui que, — depois de se reunir com o líder de seita Chang e devolver Chang Dasong em segurança em sua casa — havia partido para ZhenSi, os outros dois homens tinham outro compromisso os que impossibilitou por todo um dia fazer qualquer outra coisa ao voltarem para casa.

Feng Guang.

A menina ao os ver depois de quase uma semana fora havia chorando inconsolavelmente, sem conseguir escolher qual colo queria e chorando de novo de frustração por não conseguir os dois ao mesmo tempo. Por todo o dia, Feng Xin e Mu Qing passaram brincando com ela ou ao menos perto da criança, que parecia os vigiar e gritava parecendo assustada se um deles saía de perto. Wanli por outro lado apenas os recebeu com um beijo no rosto e disse que, como ninguém havia avisado da volta, não tinha nada para eles, então faria compras, os deixando por conta da menina por toda a tarde.

Agora que podiam descansar, apesar de Mu Qing se sentir exausto, ele não tinha sono e se recusava a deixar Feng Xin dormir — não que o outro parecesse realmente se importar com aquilo.

— A-Xin... — chamou de novo, ao sentir o outro encostando o queixo em seu ombro.

— Mn? — murmurou ele soltando um bocejo e Mu Qing colocou de lado o livro sobre os povos antigos que havia sido entregue por um dos servos da sede de ChangYao mais cedo.

— Você está dormindo. — bufou Mu Qing e sentiu Feng Xin o beijando no pescoço.

— Estou apenas descansando os olhos, meu amor... — disse ele com a voz arrastada e Mu Qing não sabia se corava pelo apelido novo que Feng Xin havia resolvido usar ou se batia com o livro na testa do homem por dormir.

— Fique acordado!

— Mas porque? — questionou Feng Xin o apertando contra si. — Você pode estudar isso depois!

— Você quem pediu para que eu ficasse com você no quarto! Eu disse que poderia estudar na biblioteca!

— Mas eu quero ficar com você!

— Então fique acordado! — chiou Mu Qing resolvendo bater sim o livro na testa de Feng Xin, que choramingou se encolhendo.

— Então vamos conversar! Me fala alguma coisa interessante para eu ficar acordado.

— Eu tenho que ler!

— A-Qing! — choramingou manhoso e Mu Qing revirou os olhos empurrando o rosto de Feng Xin, que tentava o beijar.

— Ouvi de algumas lendas em GueYue. — disse ele suspirando vencido, deixou que Feng Xin o mordiscava na bochecha, e riu dando um tapa leve em seu braço que o circulava.

— Ah, lendas são legais! — disse Feng Xin se ajeitando nas suas costas e Mu Qing revirou os olhos. — Prosiga!

— Você é uma criança? — riu Mu Qing colocando a mão sobre a de Feng Xin em sua barriga e o fazendo soltar apenas para entrelaçar os dedos. — Tudo bem.. Dizem que as pintas em nosso corpo são marcas de nossos amantes da vida anterior... — começou Mu Qing erguendo as mãos juntas e olhando para o pulso de Feng Xin, onde uma pinta pequena se encontrava, logo abaixo da pulseira idêntica a sua.

O tempo que podemos terWhere stories live. Discover now