Calmaria: parte 1

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[Oiiiiii, ne que eu to postando? Apesar de ter postado 3 semana passada? Me amem! E essa cap tem o dobro de tamanho dos que eu normalmente posto, aproveitem!]

[Nome alternativo do cap: Mano tu é gay? Eu não, vc que deixa]

Feng Xin já estava acordado há algumas horas, mas ainda deitado na cama, sem conseguir arranjar coragem para se levantar e perder aquele momento.

Seus dedos passavam levemente pela pele branca de jade do rosto de Mu Qing — adormecido em seus braços — indo e vindo devagar e incansavelmente, nunca farto daquele pequeno prazer de sentir a maciez do outro sob os dedos calejados pela prática de arco.

Ele não sabia o que Mu Qing fazia dividindo com ele uma cama, mas não era como se nunca houvesse acontecido ou que fosse o rejeitar. Ultimamente ele quase poderia implorar para acontecer. Mas não se lembrava de ter o feito. Suas últimas lembranças eram de estar amarrado em um telhado sentindo muita dor depois de o ver lutando.

Com um suspiro baixo ele encarou o próprio braço que formigava pela falta de circulação. Mu Qing o usava de travesseiro, então ele preferiria o arrancar a o acordar. Feng Xin olhou em volta, movendo os dedos do braço que formigava pelos cabelos prateados com cuidado. Estava em um quarto luxuoso, sobre uma cama de casal macia com véus dourados e transparente a circulando, dando privacidade falsa ao que acontecia sobre o colchão. Feng Xin olhou para o teto sentindo Mu Qing se ajustar ao seu lado, soltando o ar relaxado ao passar uma perna sobre a sua e um braço por seu peito. Aquele quarto não era nem de seu palácio nem do de Mu Qing. Ele os conhecia bem para poder dizer. Poderia acreditar ser o de Xie Lian, mas desde sua segunda ascensão os gostos do deus haviam ficado muito simples para aquelas coisas.

— GuangGuang, vamos acordar Mu Qing! — disse uma voz familiar feminina e Feng Xin se virou levemente na cama, abraçando levemente Mu Qing e fingindo dormir.

A porta do quarto se abriu e Feng Xin ouviu um balbuciar de criança junto ao som de passos e arrastar de algo no chão. Seus instintos estranharam o barulho, mas ele permaneceu quieto ciente que Wu Wanli e Guang não eram ameaças.

— Aya, — disse Wu Wanli ao lado da cama. — Agarrados deste jeito e ele teima com a sua mãe que não são companheiros! — Feng Xin ouviu Guang balbuciar algo incompreensível e conteve a vontade de sorrir. — Mas pobre Mu Qing, deve estar exausto... De qualquer jeito, aqui minha querida... acorde seu JiuJiu Mu.

Feng Xin não entendeu de imediato o que Wu Wanli queria fazer, mas em instantes sentiu a mulher colocar o bebê na cama. Ele sentiu Guang se mover pelo colchão e então o som de tapinhas fracos.

Ela estava dando tapas no rosto de Mu Qing.

Sem resistir, Feng Xin abriu um dos olhos para ver, abrindo um sorriso que tentava conter para Wanli não perceber que estava acordado. Guang vestia uma túnica simples avermelhada com desenhos de flores brancas e olhava curiosa para Mu Qing enquanto batia em seu rosto devagar e apertava sua orelha. Mu Qing apertou os olhos incomodado por alguns segundos, mas sorriu um pouco quando a menina colocou a boca em sua bochecha e começou a morder, mesmo tendo dentes muito pequenos para realmente conseguir morder com força.

Feng Xin teve de piscar uma vez para sentir que apreciava a cena adequadamente antes de não resistir e colocar a mão na cintura de Mu Qing, o puxando para perto e colocando a outra mão no rosto de Guang, que se virou para ela surpresa e depois curiosa, segurando seus dedos e fazendo sons incompreensíveis. Feng Xin riu um pouco e sentiu a garganta muito seca, começando a tossir.

— Feng Xin... — murmurou Mu Qing e o homem o soltou para colocar a mão sobre a boca ao tossir.

— Bom dia... — disse tentando sorrir por trás da mão.

O tempo que podemos terOnde as histórias ganham vida. Descobre agora