Missão: Parte 2

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[Este capitulo ficou meio longo porque eu decidi juntar dois e não ter uma quebra de clima, espero que não se importem!]

 —‌ Você parece péssimo. —‌ murmurou Mu Qing o olhando pelo canto dos olhos.

Feng Xin apenas soltou um suspiro exausto e audível.

Xie Lian não havia possuído piedade com ele quando explicou sobre a missão e o orientar a não falar de sua ex-esposa ou filho neste período. Aparentemente ele estava insuportável sobre o assunto — algo que ele vinha dizendo já havia um bom tempo — e falar disso só ia irritar a todos ao redor. E quando todos era apenas Mu Qing, era melhor ele manter a boca fechada! Ele nunca havia visto Dianxia mais irritado ao falar sobre algo, parecia quase que ele o ameaçava sobre aquilo, então sua mente havia bloqueado Jian Lan e Cuocuo por tempo indeterminado para a própria segurança.

Se não fosse Mu Qing o matar por falar demais do assunto, Xie Lian definitivamente o faria quando a missão acabasse.

—‌ Este lugar parece muito normal...—‌ observou Mu Qing alheio a suas dores e Feng Xin ergueu a cabeça para ver ao redor.

A matriz de teleporte os havia enviado para um beco em uma cidade dentro do território de Xuan Zhen Jiang-jun. Era um dos locais mais ricos e prósperos daquelas terras, as ruas eram largas e lotadas, as pessoas andavam calmamente em meio a gritos de comerciantes em roupas coloridas e requintadas.

Feng Xin soltou um assobio.

—‌ É aqui que fica seu templo principal? —‌ questionou ele olhando para o fim da larga avenida, onde um enorme templo se erguia com bandeiras douradas balançando ao vento e estátuas de dragões ferozes pareciam proteger a entrada.

Feng Xin deu alguns passos para fora do beco em direção ao meio da avenida e, mesmo a muitos metros de distância, ele podia ver uma parte da grande estátua de Mu Qing lá dentro.

—‌ SUA ESTÁTUA É COLORIDA? —‌ questionou surpreso, se virando para Mu Qing.

O homem piscou para ele apaticamente e olhou para o templo, um sorriso minúsculo puxou o canto de seus lábios para cima.

—‌ Foi aqui que eu ascendi como deus do céu superior, mas as pessoas naquela época já me conheciam antes até de ter sido chamado como Deus do meio céu. Então quando minha calamidade veio, gastaram tudo para criar um templo em agradecimento.

—‌ Porque colocaram dragões nas portas? —‌ questionou se aproximando de Mu Qing e começando a andar ao seu lado em direção a grande construção.

—‌ Lutei contra um dragão da terra naquela época. Então é uma espécie de lembrete que eu sou mais forte que um dragão.

—‌ Pretensioso... —‌ murmurou Feng Xin e Mu Qing revirou os olhos.

—‌ Humanos são assim, você deveria saber. Você não é o deus da fertilidade e dos bons filhos? —‌ questionou Mu Qing azedo e Feng Xin mordeu a língua para não disparar uma resposta irritada sobre aquele equívoco na escrita de seu nome. —‌ Antigamente eu apenas achava engraçado, mas hoje eu vejo que realmente faz sentido, certo? —‌ acrescentou sorrindo frio e acelerando o passo, batendo o ombro no seu.

Claramente Mu Qing se refería a Jian Lan e Cuocuo, mas Feng Xin se manteve em silêncio e apenas seguiu Mu Qing, que praticamente batia os pés no chão em uma pirraça velha. Feng Xin em outros tempos começaram a brigar e questionar o que aquelas duas coisas tinham a ver, mas ser tratado como antigamente e ver a atitude irritada de Mu Qing o aqueceu o coração um pouco.

Mu Qing por sua vez queria enfiar a cabeça em um buraco.

Por meses havia se controlado e estabelecido uma distância segura, mas bastou minutos ao lado e Feng Xin sem ninguém por perto — para usar de desculpa e escapar — que os velhos hábitos voltaram.

O tempo que podemos terOnde as histórias ganham vida. Descobre agora