Farpas: parte 5

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Vou tentar adiantar os cap e a deixar aqui para não atrasar de novoooooo

Quando Mu Qing acordou, foi sentindo algo apertar sua mão. Sonolento, ele se virou na cama apenas para ver Chang Dasong ao seu lado, segurando seus dedos entre suas duas mãos, parecendo mais ter desmaiado de sono ao lado de sua cama que estando ali de propósito. O homem sorriu um pouco para aquilo e não se moveu, olhando para o teto de palha trançada.

Sua cabeça doía um pouco e as memórias das últimas horas eram confusas. Ele apenas se lembrava de ter ficado muito tempo com Feng Xin, o que era normal, mas sentia que tinha algo mais naquilo. Ele fechou os olhos tentando se acalmar e acalmar a mente, controlando a respiração, mas possuía apenas alguns flashes rápidos de visão e sensação, como a mão de Feng Xin em suas costas ou o beijo na testa. Por fim ele abriu os olhos de novo e se virou, puxando a mão da de Chang Dasong e se apoiando no cotovelo para olhar ao redor.

Estava, no que parecia, um quarto de hospital. Havia uma mesa ao lado com poções e bandagens sujas em uma bacia de água que emanava energia espiritual. Mu Qing franziu o cenho e esfregou a parte de trás da mão nos olhos, acordado direito para se situar, se sentindo confuso, vendo um pouco mais a frente, um sofá de bambu, onde Zhen Jiahui e Feng Xin estavam dormindo sentados, cada um em uma ponta, enrolados em cobertores.

Rapidamente as preocupações do deus se esvaíram e, com cuidado, Mu Qing se levantou da cama, se percebendo totalmente vestido, mas com os cabelos presos por uma fita em uma junção na nuca, de forma que ficasse confortável. Com um sorriso pequeno, ele atravessou o quarto e se colocou de frente a Feng Xin. Ele olhou para Zhen Jiahui por alguns instantes, mas ele parecia estar em um sono tão pesado que até mesmo babava. Fazendo uma careta para o homem, Mu Qing se voltou para Feng Xin de novo e ergueu levemente o cobertor que o cobria.

Feng Xin acordou quase que de imediato, os olhos arregalados, mas quando viu Mu Qing suspirou e deixou que ele entrasse no cobertor com ele. Mu Qing se sentou de lado sobre as pernas de Feng Xin e deixou que o homem passasse o braço pelo seu corpo e deitasse a cabeça em seu ombro, deixando Mu Qing erguer a mão para acariciar seus cabelos soltos com cuidado e o ouvir suspirar.

— Boa noite A-Qing. — bocejou Feng Xin em seu pescoço e Mu Qing se aconchegou. — Como foi seu sono? Você realmente saiu de uma cama para ficar sentado nesse sofá duro?

— Eu estou bem confortável. — disse enrolando uma mecha de cabelo castanho nos dedos e Feng Xin riu apertando os lábios em seu pescoço. — Sonhei com você.

— Fiz algo errado?

— Não... apenas percebi como você mudou. — disse Mu Qing e soltou o ar. — Me desculpe por esconder as coisas de você. E também por não achar que é possível conversar sobre algumas coisas... Você não é mais o adolescente idiota que não me dava ouvidos. Eu deveria enxergar isso.

— Não. Eu também falei merda. — disse erguendo o rosto para o olhar. — Eu sei agora que você não é nenhuma daquelas coisas que eu disse. A única pessoa ingrata nessa história fui eu no fim. Mas na hora da raiva eu apenas soltei o que já estava acostumado a falar, não me leve a sério.

— Como pode pedir para que eu não te leve a sério a essa altura? — questionou Mu Qing rindo, mesmo sem humor, erguendo a mão para o rosto de Feng Xin. — Nós dois estivemos errados então, mas eu quero pedir desculpas. Sinceramente. Por algum motivo minhas memórias de você, na época de Xian Le, estão muito claras, e eu... eu percebi que eu tenho agido contra aquele garoto este tempo todo de forma muito defensiva. Você... você não é mais ele. Há muito tempo.

— Eu sempre fico muito admirado com como você consegue mudar assim, apenas por uma reflexão. — disse Feng Xin com um sorriso, encostando a testa na de Mu Qing. — Me ensina a fazer isso.

O tempo que podemos terOnde as histórias ganham vida. Descobre agora