> GATILHO<
[ATENÇÃO, ESTE CAPÍTULO CONTÉM GATILHO DE: ASSÉDIO SEXUAL, VIOLÊNCIA EXPLÍCITA E GORE. FIQUE BEM, NÃO LEIA AO SE SENTIR MAL. <3 ]
> GATILHO<
Do lado de fora da tenda, Feng Xin encontrou Ming Jiu e os outros conversando distraídos e passou direto por eles, sem se importar com os olhares que recebeu, esfregando a pulseira nervoso. Sentia seu coração na garganta em uma mistura de querer voltar correndo para dentro daquela tenda e esconder seu rosto para sempre de Mu Qing depois de o ter provocado quando ele não estava totalmente bem.
Ele deveria ter imaginado que algo estava errado quando ele não o bateu na primeira provocação. Mas durante o dia ele havia permitido tanta coisa, que ele queria testar os limites... e estavam tão próximos naquela hora... foi irresistível o provocar apenas para o irritar, mas ele o aceitar daquele jeito... ele apenas não conseguia resistir se Mu Qing não o afastasse.
Feng Xin levou os dedos a boca e apertou os olhos. Ao menos não carregava a culpa do beijo. Aquilo seria algo que ele não conseguiria se desculpar direito com Mu Qing nem em mil anos!
— Ei! Nan-Ge! — chamou Ming Jiu colocando a mão em seu ombro. — O que foi? Você saiu correndo de lá depois de demorar tanto!
— Descobri uma coisa... — disse estalando a língua e afastando o ombro do toque do rapaz.
Sabia que provavelmente ele nada tinha a ver com quem deu drogas a Mu Qing, mas mesmo assim, estava com o responsável. Na sua cabeça, Ming Jiu também era culpado.
— Hum... ele tentou algo com você? — questionou Ming Jiu parecendo desconcertado. — Me disseram depois que você entrou que já haviam dado as dragas para ele. Você tinha pedido para ninguém entrar então eu só...
— Você sabe quem foi? — questionou sem se conter e Ming Jiu negou com a cabeça encolhendo os ombros. — Não importa também. Ele não conseguiu chegar perto de mim. Mas foi estranho o ver daquele jeito.
— Nan-ge, você não sentiu nada? — questionou o rapaz e Feng Xin parou de andar e olhou.
— Eu deveria? — questionou erguendo a sobrancelha.
— A maioria das pessoas se aproveitaria da situação. — disse Ming Jiu erguendo os ombros. — Sabe, se não deixar marcas, não tem problema.
— O que quer dizer? — questionou Feng Xin puxando lentamente o ar pelo nariz para não demonstrar muita coisa, mas novamente seu sangue começou a esquentar.
— Você sabe, as vezes eles fazem isso... dão drogas para os prisioneiros e quando começam a implorar por ajuda eles "ajudam". — disse sorrindo, ganhando um tom leve de rosa. — Às vezes, como agora, não há quem vigie sobre o que acontece com as belezas do mestre, mas quando há, ninguém chega perto da tenda da flor de lótus. Se for o primeiro caso, bem, desde que não tenham marcas ou coisa do tipo, nenhum crime aconteceu. Não é como se elas fossem falar. E também, ninguém pode realmente atestar a virgindade de qualquer pessoa. Com as drogas fica mais fácil, porque eles querem fazer.
— Dar drogas a alguém não é fazer eles quererem fazer algo, mas retirar de sua condição de escolha e o fazer cair em um estado lastimável de embriaguez! — sibilou Feng Xin seco, cuspindo no chão, ao lado do pé de Ming Jiu. — Não há qualquer honra nisso.
— Pelo menos ninguém precisa segurar ou machucar os prisioneiros para se divertir... — disse o rapaz franzindo o cenho, encarando o lugar que Feng Xin cuspiu. — Para mim, parece ser um método melhor, já que vai se feito de qualquer jeito. — disse Ming Jiu virando o rosto com um bico nos lábios, parecendo irritado por ser repreendido e ofendido pelo gesto anterior de Feng Xin. — Mas você se importa com o que vai acontecer?
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O tempo que podemos ter
FanfictionDepois dos acontecimentos no monte Tonglu, Feng Xin pensou que as coisas voltariam ao normal ou até mesmo melhorariam, mas pelo que parecia, Mu Qing possuía uma ideia diferente. O tratamento distante o incomodava e deixava a situação insuportável, m...