Farpas: parte 4

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Atrasadissima, mas presente! eu to beeem, so desanimada. Acho que me afastei do fandon e isso torna menos estimulante, mas como tem leitores novos que estão sempre comentando eu me animei! Obrigada!


A seita YueGua era diferente de qualquer lugar que Feng Xin já havia estado, mas muito parecida com a antiga cidade dentro do vulcão que havia na ilusão naquela pedra. As ruas eram largas e cheias, as casas muito parecidas com as de qualquer cidade, o comércio era movimentado e as pessoas andavam por aí sem parecerem muito preocupadas. A única diferença era que tudo isso era disposto em uma curvatura, seguindo o padrão do grande lago no centro de tudo aquilo. Feng Xin suspeitava que, se olhasse de cima, seria um grande círculo em várias camadas com o lago azul no meio.

Pelo que Ming Tong havia explicado, a cidade se chamava YanXing e possuía vinte camadas que cresciam mais a cada ano, sendo construídas mais e mais ruas e casas à medida que o povo crescia. De acordo com ela, o lago possui o tamanho aproximado de toda a parte interna da seita ChangYao, e que a cidade o circulava perfeitamente. Pensando aquilo, definitivamente era uma grande metrópole, não apenas um povoado com algumas pessoas.

— Ao centro do lago há ainda uma ilha, onde fica realmente nossa seita. É de lá que vem a nossa barreira e onde está nossa deusa. — explicou a mulher enquanto andavam pelas ruas. — A disposição de tudo em círculo se dá por isso. Fica mais fácil criar uma espécie de guarda chuva com esta disposição e proteger o que interessa. Nosso povo aprendeu desde muito cedo que precisamos nos manter organizados.

— Então, como fica a disposição de hierarquia social? — perguntou Zhen Jiahui andando ao lado da mulher.

— Não possuímos isso muito claro. Mas pela lógica, as famílias mais antigas moram mais à margem do lago, foram os fundadores. A medida que as gerações passaram foram se criando mais e mais ruas por trás destas casas, para onde os filhos mais novos acabam se mudando.

— Então na margem há as famílias de primogênitos e fundadores. Não se cria uma confusão com isso? — questionou o homem curioso e Ming Tong ergueu os ombros.

— Depois que se sai das casas dos pais, todos são livres para fazerem o que bem entendem. — disse ela. — Há muito tempo foi resolvido que as casas mais próximas as margens seriam dos idosos, doentes e famílias com crianças até 10 anos, por ser mais quente. 

— Então são uma alcateia? — disse Chang Dasong animado e a mulher sorriu. — Os fracos no meio para serem protegidos, os alfas a frente junto aos idosos e os betas atras.  É uma boa forma de fazer funcionar em um lugar com o clima difícil como esse. 

— Nosso povo se casa cedo, aos quinze anos. — disse Xue Baihua colocando uma mecha do cabelo curto atras da orelha. — Quando casamos, somos enviados para a margem da cidade. quando temos filhos vamos para a orla do lago e quando eles deixam nossas casas, permanecemos no meio até a velhice, quando voltamos a borda e esperamos a morte. 

— Urg, morbido! — disse Feng xin fazendo uma carte e recebendo um empurrão de Zhen Jiahui. 

— Mais respeito com a cultura de outro povo. 

— Enfim. — disse Ming Tong revirando os olhos e guardando as mãos nas mangas longas na frente do corpo.— As confusões que passamos a ter um tempo atrás foi dos recém chegados, irmãos perdidos no sul. Os mais velhos têm dificuldade de aceitar, acham que vão acabar com nossa cultura por terem entrado em contato com os sulistas. Os jovens, por outro lado, ficam animados para saírem e conhecerem o mundo.

— Por isso aceitaram meu convite para a caçada noturna. — compreendeu o líder de seita zhen e Ming Tong sorriu.

— Um dia eles vão acabar saindo, não adianta prender. As coisas mudam, demorou gerações, mas mudam. É melhor agir diante dos primeiros indícios e já criar um caminho seguro para os mais aventureiros.

O tempo que podemos terOnde as histórias ganham vida. Descobre agora