05 • EMBATE

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Pego um táxi e basicamente cruzo a cidade até chegar ao Consulado Estrangeiro

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Pego um táxi e basicamente cruzo a cidade até chegar ao Consulado Estrangeiro. Faço a identificação na portaria e minha entrada é autorizada para dentro do setor funcional.

-Diálogo em inglês-

—Chegou rápido, doutora! – afirma justo quem eu estava procurando.

—Tom, quanto tempo! – falo já o cumprimentando e ele retribui. – Então, o que temos exatamente? Espero que seja coisa grande para me fazer vir até aqui.

—É melhor que veja com seus próprios olhos. – fala e então o acompanho, passando pelos funcionários do consulado que basicamente trabalham com as causas de estrangeiros que estão em território norte-americano. – Ali está. – fala apontando para o homem que vejo sentado do outro lado do vidro e provavelmente deve ter acabado de sair de um interrogatório.

—Quem é ele?

—Antonino Marques, de acordo com os documentos.

—Brasileiro?

—Sim.

—O que ele fez? – pergunto e então ele pega uma pasta com o resumo do caso e me entrega.

—Foi encontrado há uma semana com uma mochila cheia de bombas na estação de trem da Pensilvânia. – diz e então vejo algumas das imagens da pasta.

—Não são bombas caseiras. – constato olhando as fotos.

—Não mesmo.

—Então, ou ele tem muito dinheiro para comprar elas ou é muito inteligente para montá-las.

—Sinto informar que na verdade são as duas opções. – fala e passo a página para os dados pessoais dele.

—PhD em TI, mais de dez milhões em bens registrados e tem todos os passaportes que garantem sua entrada em qualquer país do mundo. – digo olhando as informações.

—Por isso a chamei, ele não é de baixo nível, pensei que o caso pudesse interessar aos seus escritórios de família.

—É um caso grande, mas o que me intriga é tentar entender a motivação disso. Ele tem alguma associação ao terrorismo?

—Foi a primeira coisa a ser investigada e não, nada que o ligue a nenhum grupo terrorista.

—O que um homem inteligente, rico e bem estruturado ganharia possivelmente explodindo uma estação de trem estadunidense? – pergunto

—Foi o que tentamos descobrir, mas ele se recusa a falar e o defensor dele recomendou que o consulado entrasse em contato para intermediar suas ações ao seu país de origem.

—Entendi, extraditar ele é uma medida bem inteligente, já que ele está bem ferrado, mas por quê ele recorreu à defensoria pública se pode claramente pagar o melhor advogado?

—Como eu disse, ele se recusa a falar e o estado deve ter agido por conta própria, mas se ele continuar sendo julgado pelas leis daqui...

—Pegará perpétua. – completo.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora