15 • RESGUARDAR

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          Entrei no refúgio, cabana, mofo em forma de construção, ou seja lá como se chaa esse lugar e assim que fiz isso, senti a mão agarrando meu braço e me puxando

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          Entrei no refúgio, cabana, mofo em forma de construção, ou seja lá como se chaa esse lugar e assim que fiz isso, senti a mão agarrando meu braço e me puxando.

—Será que pode não fazer mais esse caralho?? – pergunta puto da vida e eu só consigo rir.

—O quê exatamente? – finjo inocência na cara dura e ele fecha os olhos, respirando fundo.

—Selena... – diz meu nome entre os dentes quase que em tom de ameaça, mas sinto que não é uma ameaça que eu vá reclamar. 

—Sim?

—Vamos focar em sair daqui, então não me provoque! – afirma e estava pronta para respondê-lo quando me interrompe. – Não é um pedido! – completa e então me solta e dá as costas, passando uma mão nos cabelos com tanta força que não sei como ficaram no lugar.

—Sou péssima com ordens, sabe disso não é?! – indago e o ouço suspirar, enquanto se afasta e apenas continuo a sorrir balançando a cabeça. 

         Olho ao redor e começo a procurar por minhas roupas e estranho ao perceber que apenas meus saltos estão aqui.

—Onde estão minhas... – começo a perguntar quando ele entra com as peças nas mãos e me entrega.

—Não secaram totalmente, mas não estão mais encharcadas como antes. – diz e então assinto.

—Obrigada. – falo pegando as peças realmente mais secas.

        Visto meu sutiã ainda um pouco úmido, mas é melhor que nada e ergo meu vestido que um dia foi branco, já que agora está completamente manchado. Ótimo! 

         Encaro meus saltos e em seguida viro e vejo Murilo subindo a boxer no quadril. Porra, eu perdi isso?! Ele começa a vestir sua calça social e me encara enquanto faz isso de forma bem séria. É, eu realmente consegui deixar ele irritadinho.

          Murilo calça os sapatos, veste a camisa dobrando as mangas e abandona o terno. Caminho até o que deveria ser uma mesa, pego meu coldre com as duas adagas e ergo o vestido, o prendendo de volta na minha perna e parece que o reizinho não perdeu isso, já me encarou por segundos a mais que o necessário, mas nenhum de nós disse nada.

           O vejo pegar o cantil, assim como pegar alguns malotes de dinheiro na sacola e guardar nos bolsos.

—Pronta? – pergunta me encarando.

—A situação é ruim, de saltos ela é péssima, mas sim. – digo começando a calçar os saltos.

—Me dê. – pede estendendo a mão.

—O quê? – pergunto.

—Os sapatos. – pede e então os entrego para ele.

—O que vai... NÃO ACREDITO! – falo abismada 

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora