11 • INESPERADO II

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Corri para o hotel e senti vontade de chorar ao encarar minha cama e não poder me afundar nela

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Corri para o hotel e senti vontade de chorar ao encarar minha cama e não poder me afundar nela. Tomei um banho, tirei toda aquela maquiagem noturna carregada e escolhi um vestido midi com mangas longas na cor preta, assim como sobretudo também preto, uma make leve, cabelo escovado e preso em um rabo de cavalo rápido e prático, saltos na cor creme, bolsa no mesmo tom, acessórios, perfume e estava pronta.

Saí direto para a Fusion e ao chegar lá, passei algum tempo na máquina de café, onde tomei um bem forte e levei outro para a sala de reuniões.

***

Após terminar mais uma reunião com outro setor da empresa, saí da sala, me despedi de alguns funcionários no caminho e entrei no elevador, já procurando meu celular na bolsa. Quando finalmente o encontrei, ergui a cabeça e as portas do elevador estavam se fechando mas me deram a última visão de alguém parado há alguns metros.

Que caralho é esse?? Isso não é possível! Ou é? Aperto seguidas vezes o botão para abrir as portas novamente, mas já não há mais tempo, o elevador começou a descer. Respiro fundo algumas vezes e relaxo a tensão do corpo, eu vi apenas de relance, pode ser alguém parecido ou somente impressão da minha mente ressacada. Ao menos é nisso que vou me permitir acreditar por agora.

Saio da Fusion com a cabeça ainda martelando no último fato e decido ir até a Guerra, mesmo estando bem cansada, o que me faz repassar várias vezes à mente que serei rápida hoje, pois não tenho pique para um round completo com aquele homem agora.

Entro no prédio gigante e faço meu caminho direto para os elevadores, indo para o 18° andar. Assim que as portas se abrem, vejo aquelas costas largas embaladas pelo terno caro e caminho direto na sua direção, que parece ouvir algo que Allie está falando para ele.

–Diálogo em inglês–

—Que bom que me poupou tempo... – começo a falar e então ele vira na minha direção – Ah, que porra! – solto de forma impulsiva e então ele e Allie começam a rir de mim.

—Não me reconheceu, Selena? Fiquei ofendido! – Benício diz me encarando, porque sim, ele está aqui e os seus cabelos estão perfeitamente morenos agora.

—Claro que não! Cadê o cabelo e os brincos? – pergunto ainda assustada.

—Até que eu queria, mas não dá para trabalhar aqui daquele jeito. Não passaria nem na porta da empresa e olha que também sou dono. – diz em tom leve, enquanto fico observando agora então aquela cópia perfeita do outro, só que mais novo. – Mas a tatuagem ainda está aqui. – diz piscando e reviro os olhos sorrindo levemente.

—Você muda bem rápido não é?!

—É, as vezes sim. Então, o que a traz aqui? – pergunta sorrindo e sabendo bem o motivo que expliquei ontem para ele.

—Vim para invadir a sala do seu irmão e brigar com ele. – falo de forma direta e ele ri, enquanto Allie esfrega a testa e rio dela.

—Sabe que vim fazer a mesma coisa?! A diferença é que ele é o pé no saco que vai brigar comigo.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora