21 • PRECAUÇÕES

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Enquanto dirigia, não deixei nenhum dos dois infelizes abrirem as matracas, já que metralhei os dois com informações de como procederem assim que chegássemos ao local, que não era tão distante

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Enquanto dirigia, não deixei nenhum dos dois infelizes abrirem as matracas, já que metralhei os dois com informações de como procederem assim que chegássemos ao local, que não era tão distante. Como imaginei, não consegui acessar a avenida que ela estava, já que o acidente causou um congestionamento daqueles infernais, com xingamentos misturados às dezenas de buzinas altas.

—Tudo bem, sabem o que fazer. Jason, você vai na frente e aborda o condutor do outro veículo. Russel, me espera aqui e fica atento. Está armado?

—Não.

—Porra, desde quando você anda desarmado? – pergunto pegando minha pistola na parte detrás da calça e entregando para ele.

—Desde que virei um civil, Guerra! – afirma.

—Entende que nunca mais vai ser um civil, caralho! – respondo descendo do carro junto com Jason que me encara e então aponto a direção que deve ir, enquanto vou pelo outro lado e Russel permanece próximo ao carro, nos dando cobertura.

Ando apressado entre os veículos parados, até chegar ao ápice do congestionamento, no local, onde os carros colididos estão parados e Jason já está conversando com o proprietário do outro carro que grita exaltado palavras que não faço questão de dar qualquer atenção. Aproximo-me da porta do banco passageiro que está travada e dou batidas no vidro para que ela destrave e assim faz.

Abro a porta e adentro o tronco do meu corpo no veículo, vendo que o airbag foi acionado e por isso, ao passar meu olhar por todo o seu corpo, encontrei apenas uma pequena raja de sangue na parte lateral da sua testa, que com certeza foi em motivação do impacto, já que ela praticamente entrou com a dianteira do carro no porta-malas do carro da frente.

—Tudo bem? – pergunto para ela que me encara de modo impaciente.

—Sim, posso descer agora ou o rei ainda vai chamar a cavalaria? – pergunta e suspiro, observando que posicionou sua pistola entre as pernas no banco.

—Me dá isso. – peço e ela cerra os olhos, mas então joga a arma na minha direção e a coloco na barra detrás da calça com o terno a cobrindo. – Agora vem por esse lado. – peço destravando seu cinto e esperando que ela se mova.

—Tem uma porta ao meu lado... – começa a falar.

—Por aqui, Selena! – digo sem paciência.

—É sério isso? – pergunta cerrando os olhos e, como sempre, com aquele maldito tom de desafio.

—Pareço estar brincando?! – indago e ela revira os olhos – Anda logo, vamos sair daqui. – peço no tom mais brando que consigo.

—Tá. – é o que diz e então começa a sair de um banco para o outro e a ajudo a sair totalmente do carro. – Minha bolsa! – diz assim que fecho a porta, já preparado para dar o primeiro passo.

—Jason leva ela. Vamos. – digo passando o braço por sua cintura, mas ela não dá um maldito passo.

—Eu vou levar a minha bolsa! – afirma.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora