54 • EVENTO II

3.6K 625 230
                                    

— Todos vocês são malucos e possessivos, não tinha como sair ilesa

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

— Todos vocês são malucos e possessivos, não tinha como sair ilesa. – respondi à provocação do meu irmão.

Il tuo capo si è spaventato, Russel! (Seu chefe ficou com medo, Russel!) – Jason disse rindo e Saulo fez uma careta por ele usar o italiano.

Tremò alla base! (Ele tremeu na base!)

Sfavorito! (Coitado!) – ele afirmou e os dois riram ainda mais.

— Eu estou entendendo vocês, só pra avisar! – alertei e eles me encararam.

— Barbie traidora e sem graça! – Jason reclamou.

— Vamos circular, tampinha. Tchau, irmão da Barbie. – Russel chamou, se despedindo apenas do Saulo e balancei a cabeça observando aqueles dois malucos se afastarem.

— Eles são sempre assim? – Saulo perguntou rindo.

— Às vezes até piores, mas são boas pessoas.

— Pude notar. – concordou e ficou pensativo – Nunca vamos deixar eles chegarem perto do Alexandre. – disse após algum tempo e fiz uma careta imaginando o estrago e a perturbação que seriam aqueles três juntos.

— Nunca! – reafirmei.

— É melhor darmos uma volta. Estamos parecendo dois seguranças parados, olhando para tudo e todos.

— Tem razão. – concordei e ele me ofereceu seu braço.

Começamos a circular pelo local e eu tentava manter as aparências, fingindo que todo o meu interesse se resumia em apreciar os veículos das empresas, quando na verdade observava cada um que nos rodeava.

A pior parte de tudo aquilo era justamente não saber o que esperar e muito menos de quem, já que não fazíamos ideia da identidade de quem queria a cabeça do Murilo. Qualquer um ali era uma potencial ameaça.

— Preciso que diga alguma coisa. – pedi para o meu irmão.

— O quê exatamente?

— Qualquer coisa que distraia minha cabeça.

—Bom, vamos ver. A Aurora sempre que vai até a mansão pergunta por você e só acredita que não está lá quando abrimos o seu quarto para que ela veja. – disse e ri, sentindo um aperto de saudade da minha pequena.

— Ah, minha princesinha esperta! – falei como uma boba.

— O Apolo dormiu no sofá por dois dias e estava esmurrando até o vento de tanto mau humor.

— Por quê? – perguntei rindo.

— Mel ainda estava acompanhando alguns casos de forma virtual, dando orientações aos advogados da Sede que os assumiram e conversando com seus clientes. O Apolo foi até a Sede e exigiu que os advogados que assumiram os casos, tomassem a frente e não a incomodassem mais, porque ela precisava de repouso nessa fase final da gestação. Sabemos que ele fez isso por cuidado e preocupação, mas ela ficou uma fera com o federal.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora