68 • EXPLICAÇÕES

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— Não faz isso que eu tenho um coração sequelado, Polinho! – Alexandre disse, levando uma mão ao peito

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— Não faz isso que eu tenho um coração sequelado, Polinho! – Alexandre disse, levando uma mão ao peito.

— Ele vai explicar tudo para todos nós. Senta, meu filho.

Nosso pai pediu, tentando mediar a situação, mas o Apolo sequer desviou seu olhar puto de mim. Ele sentou de frente para o Alexandre e continuou me encarando impaciente.

— Não deu tempo nem trocar de roupa, gostosa? – Alexandre perguntou, apontando para o seu fardamento.

— Não, a minha prioridade era matar um dos fodidos dos meus irmãos!

— Estou até emocionado que dessa vez não sou eu. – o palhaço falou me encarando com um meio sorriso.

— Você cala o inferno dessa boca! – Apolo mandou para ele – E você abre a porra do bico de uma vez!

— Será que você pode manter a calma, meu filho? – nosso pai perguntou para ele e o Alexandre riu de forma exagerada.

— Não posso. – respondeu no limite e fuzilou o Alexandre, que já estava abusando da paciência inexistente dele.

— Saulo. – nosso pai chamou minha atenção e assenti, sabendo o que tinha que fazer.

— Tudo começou quando ela me ligou, pedindo acesso ao meu sistema de buscas para conseguir informações sobre alguém.

— Que alguém? – Apolo me cortou, cruzando os braços.

— Eu vou chegar lá.

— Quietinha, gostosa, deixa o pirralho falar!

— Continua com essa porra e eu arrebento você antes dele! – Apolo ameaçou.

— Chega! A partir de agora, só o Saulo fala!

Nosso pai interviu já sem paciência e Alexandre levou o indicador à boca, pedindo silêncio de forma teatral para o Apolo que estava bufando na sua frente.

— Bom, eu dei o acesso ao sistema como ela queria e me aproveitei disso para ficar monitorando, caso ela se metesse em problemas, como de fato aconteceu...

*

— E foi por isso que a trouxe de volta para casa. Lá não era mais seguro. – encerrei, jogando as costas no apoio do sofá, enquanto os três me encaravam sérios.

— Deixa eu ver se entendi.

Apolo disse levantando e suspirei, já me preparando para o que vinha.

— Você sabia que ela estava metida em merda e não avisou pra ninguém, mas teve a brilhante ideia de viajar, mentindo pra nós. Quando chegou lá, viu a merda acontecendo e ao invés de nos comunicar, você se meteu na merda junto com ela! Quando tudo deu errado, porque era evidente que esse caralho iria dar muito errado, aí você resolveu voltar pra casa e nos avisar agora que ninguém pode fazer mais inferno nenhum!

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora