31 • À DOIS

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— Mas só pode ser brincadeira! – afirmei rindo sarcasticamente – Quando eu me livro de uma tropa inteira que me vigia de um lado, vem você e resolve bancar o segurança pra cima de mim agora?!

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— Mas só pode ser brincadeira! – afirmei rindo sarcasticamente – Quando eu me livro de uma tropa inteira que me vigia de um lado, vem você e resolve bancar o segurança pra cima de mim agora?!

— Não começa, porque você sabia desde o início que o carro tinha rastreador.

— Sim, mas eu esperava que ele fosse usado quando necessário, em uma situação de urgência, uma medida preventiva...

— E ele é! – afirmou e respirei fundo.

— Então por quê estava me vigiando? Não deveria, sei lá, estar trabalhando ou algo assim? – perguntei virando de frente para ele, que estava com a mandíbula tensa e as duas mãos nos bolsos da calça, enquanto me fuzilava.

— Não foge do assunto. O que estava fazendo naquela área da cidade, Selena?

— Ah, mas esse é exatamente o assunto!

— Responda a pergunta! – exigiu em tom mais firme.

— Não me dê ordens! Não sou seus soldados! – elevei o tom já irritada.

— Quem dera se você fosse! Seria bem mais fácil!

— Se isso é o que você quer, pode dar meia volta. Eu nunca vou me submeter às suas exigências para agradar você!

— Não quero que se submeta a nada, apenas que colabore. É difícil entender isso? – perguntou se aproximando e me encarando de perto, mas sem me tocar.

— E eu não colaboro com você?

— No momento não! Você foge da pergunta!

— Então estamos quites, já que eu me meti na sua confusão e até agora estou no escuro, porque você se recusa a me dizer o que é tudo isso!

— Selena, não dificulta as coisas...

— Eu estou dificultando, Murilo? – questionei incrédula.

— Agora você está! – afirmou e o encarei puta da vida, buscando controle para não estourar de vez.

Tentei me afastar, mas ele trouxe sua mão para minha cintura, me impedindo de sair do lugar. Nos encaramos por alguns segundos e tirei sua mão de mim, mas fiquei no mesmo local, o olhando bem de perto, com nossos corpos quase colados. Ele respirou fundo, fechando os olhos e levando uma mão aos cabelos antes de retornar sua atenção para mim.

— Estou tentando fazer a coisa certa, Selena. – disse em tom mais contido.

— Me rastreando? Vigiando cada passo meu como se eu fosse uma ameaça como aquelas pessoas? Ah, Murilo, sinceramente...

— Não! Não é assim...

— Pois é assim que parece! Qual ganho você tem acompanhando cada passo que dou? – perguntei e ele murmurou um "caralho" entre os dentes.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora