38 • DECISÃO

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Depois de deixarmos Johnny na sua casa, a dupla de malucos me levou de volta para o prédio da Guerra, que já estava todo apagado pelo horário de funcionamento ter encerrado há um bom tempo

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Depois de deixarmos Johnny na sua casa, a dupla de malucos me levou de volta para o prédio da Guerra, que já estava todo apagado pelo horário de funcionamento ter encerrado há um bom tempo. Olhei para cima e somente os últimos andares estavam iluminados: o do seu escritório e o da sua casa.

Entramos na garagem e depois que Jason estacionou o carro, todos descemos e encarei os dois.

— Vocês são dois idiotas. – falei e eles fizeram caretas incrédulas para mim. – Mas me ajudaram muito hoje. Fizeram por mim o que só a minha família faz e sei que foram em nome da amizade com o Murilo, mas não podia deixar de agradecer. Obrigada por toda ajuda hoje e se precisarem de mim algum dia, eu estarei lá. – as caretas deram espaço para expressões de surpresa.

Os dois se encararam, em seguida Jason me olhou com um meio sorriso e Russel parecia levemente sem reação.

— Isso foi muito fofo, Barbie! – Jason disse e revirei os olhos antes de cairmos os três na risada.

É, eles realmente são idiotas. Ainda bem que sou muito acostumada com idiotas na minha vida.

— É a primeira vez que você fala com a gente assim. – Russel pontua.

— Ela namora o Guerra, não tem como ser mais delicada que isso! – Jason afirma e mostro o dedo do meio para eles que riem, enquanto já vou caminhando em direção ao elevador.

— Ei, Barbie! – Russel chama minha atenção e coloco o braço na frente do sensor para que a porta não feche, enquanto espero ele falar o que quer. – Não tem que agradecer.

— E não fomos só pela cara feia do Guerra. Você é toda patricinha, mas é gente fina. – Jason disse e ri para o que acho que foi um elogio.

— E você luta também. Isso é bem legal. – Russel disse e foi minha vez de fazer uma careta sem entender muito.

— O que isso tem a ver, seu idiota? – Jason pergunta para ele.

— Ué, estamos dizendo coisas legais. Isso não é legal?! – ele questiona abrindo os braços como se tivesse acabado de dar um excelente argumento.

— Com certeza não tem um cérebro aí!

— Bom, eu vou embora antes que vocês comecem de novo. Tchau Tom, tchau Jerry! – me despedi deixando as portas fecharem.

— Tchau, Barbie! – ainda ouvi eles falando juntos e ri sozinha.

Encarei meu reflexo no espelho do elevador e logo o sorriso que tinha nos lábios se dissipou. Eu sabia bem o peso de tudo o que tinha acontecido hoje, reconhecia a minha culpa em parte de tudo isso e como toda essa merda me afetava e, por tabela, afetou o Murilo.

Muita coisa precisa ser esclarecida e confesso que ainda não sei como fazer isso quando eu fico mais confusa a cada segundo com tudo o que está acontecendo. Mas sei que algo precisa ser dito por mim, eu tenho que falar algo para o Murilo e tenho ainda mais que ouvir algo dele.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora