09 • ENTREVER

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Apertei os punhos com tanta força e fuzilei o caminho da porta vazio por tanto tempo que até esqueci de que não estava sozinho e que com certeza não poderia nem passar o caralho dessa raiva em paz, se é que sei o que é paz

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Apertei os punhos com tanta força e fuzilei o caminho da porta vazio por tanto tempo que até esqueci de que não estava sozinho e que com certeza não poderia nem passar o caralho dessa raiva em paz, se é que sei o que é paz.

Ergo o corpo que apoiava sobre a mesa e viro de costas para ainda não encarar os dois infelizes a minha frente, porque só Deus sabe a raiva que sinto e o que sou capaz de fazer nesse exato segundo. Esfrego o rosto com as duas mãos, subindo para o cabelo e respiro fundo, enquanto encaro o teto do meu escritório por bons segundos. Buscava no silêncio algum maldito controle, mas ele foi quebrado por dois outros malditos que começaram a rasgar risadas altas atrás de mim.

Apertei os punhos como segurança mínima para não matar nenhum deles e os encarei, ambos parecendo dois caralhos de tomates, vermelhos dos pescoços às carecas e gargalhando alto. Tanto que Jason até se engasgou com o whisky que ousou tentar beber, nem para morrer uma porra dessas não serve!

—Se não desengasgar eu vou enfiar um descompressor goela abaixo em você, tampinha! – Russel diz batendo nas costas dele.

—Se me bater de novo eu te mostro onde eu vou enfiar esse descompressor! – Jason ameaça já recuperado e eles se encaram por alguns segundos como se fossem dois malditos lutadores esperando a autorização no ringue, porque vivem em pé de guerra, mas não se largam.

Reviro os olhos para a ceninha e então eles dois voltam a me olhar e foi apenas um segundo para voltarem a sorrir novamente. Eu vou matar um deles, ah vou!

—Nunca pensei que fosse dizer isso, mas não queria ter estado no seu lugar agora, cara. – Russel fala enquanto ri.

—Nem eu! 1x0 para a patricinha de Beverly Hills! – Jason diz e agora eles riem mais, enquanto os xingo baixo.

—Vão para o inferno!

—Ela tem cara de patricinha, mas no jeito anda longe e nós vimos bem. – Russel afirma sorrindo, enquanto se serve de mais uma dose.

—Quem é a loira que te esculachou, Guerra?

—Já mandei irem para o inferno! – digo pegando alguns documentos, enquanto jogo a maldita pasta que deixou na gaveta e começo a caminhar em direção ao meu elevador particular.

—Qual é, somos seus amigos, solta a identidade dela. – Russel pede.

—É a irmã dos Ferrari. – respondo já de costas para os dois.

—Os Ferrari? Aqueles Ferrari que já vieram aqui? – Russel se manifesta para a tristeza da minha finada paciência.

—Tem outros por acaso, porra? – pergunto

—Agora está explicado, ela é irmã do tatuado que brigou até levar a ferrari modificada que já estava vendida para outro cliente. – Jason constata lembrando da última aparição do irmão mais velho dos Ferrari na Guerra.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora