74 • A CHANCE II

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Depois de um jantar nada calmo, como era de costume quando a família estava reunida, ficamos todos na sala, sentados nos sofás, enquanto Lukas e Aurora brincavam no tapete no centro de todos

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Depois de um jantar nada calmo, como era de costume quando a família estava reunida, ficamos todos na sala, sentados nos sofás, enquanto Lukas e Aurora brincavam no tapete no centro de todos. As meninas estavam dormindo lá em cima e Alexandre segurava a babá eletrônica com uma mão, enquanto alisava o braço da esposa com a outra.

Apolo mantinha sua atenção dividida na conversa e em Aurora, enquanto acariciava o barrigão da Mel que estava incrivelmente quieto hoje. Saulo sentou ao meu lado e nossos pais estavam à nossa frente.

Tirei minha atenção de todos, quando senti meu celular vibrar no bolso de trás do short e o peguei, já vendo o nome do Benício no visor e sentindo o olhar do Saulo em mim.

— Com licença.

Pedi a todos e levantei, caminhando até a porta principal, que estava mais próxima, e atendi a ligação, já indo em direção ao jardim.

— Oi, Benício.

Atendi com certa ansiedade.

Consegui!

Ele disse tudo o que eu queria ouvir e soltei o ar pesado do corpo, enquanto ouvia com atenção todos os detalhes do horário e endereço que deveria ir para embarcar. Agradeci a ele e garanti que contaria tudo assim que chegasse lá.

Quando encerrei a ligação, notei que estava com as pontas dos dedos frias de uma ansiedade que eu não estava sabendo controlar.

— Ele conseguiu o jato. Não foi?

A voz do Saulo surgiu atrás de mim e me controlei para não xingar meu irmão com o susto que havia acabado de me dar.

Observei ele se aproximar até ficar de frente para mim e o encarei. Eu não precisava responder, ele já havia entendido no momento em que colocou os olhos em mim.

— Porra, Selena!

Reclamou, esfregando o rosto e agarrei a sua.

— Saulo, eu tenho que fazer isso, porque senão eu vou surtar! E eu sei que não vou me perdoar se ao menos não tentar.

— É, mas você está dando um tiro no escuro, baseado na palavra de um cara que talvez nem o próprio rabo seja verdadeiro.

— Eu sei. É uma merda! Eu assumo, meu irmão. Mas foi a chance que me apareceu.

— Chance para o quê?

Viro o corpo imediatamente e suspiro com o segundo susto da noite ao encarar aquele olhar cerrado que observava cada milímetro do meu rosto e a tromba que não tirava da cara.

— Mas que mania de vocês de chegarem de fininho!

Reclamei e ele pouco deu atenção a isso, continuou se aproximando, até ficar de frente para nós.

— Estou esperando!


Cobrou, com toda a delicadeza do mundo, a sua resposta e então Saulo me encarou jogando a responsabilidade para mim.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora