35 • FRENTE AO PASSADO

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Assim que ouvi o tom de voz do Johnny eu sabia que algo de ruim havia acontecido

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Assim que ouvi o tom de voz do Johnny eu sabia que algo de ruim havia acontecido. Coloquei a ligação no viva-voz para que Murilo acompanhasse comigo, enquanto ele relatava o ataque que sofreram e que levaram o Téo. Coloquei as duas mãos na cabeça e fechei os olhos, implorando para aquilo ser apenas um pesadelo, mas encarei a realidade novamente quando ele me disse que era um alerta para mim.

— Johnny, onde você está? – perguntei.

— Já recebi alta do hospital. Os funcionários da boate me trouxeram pra cá e fiz uma avaliação. Não sei o que faço agora, temos que ir à polícia falar o que aconteceu para encontrarem ele logo e...

— Ei! Me escuta. Não se preocupa com nada disso. Sei que está assustado, com medo e preocupado com ele, mas eu vou resolver tudo e vou encontrar ele. Tudo bem?

— Tá... E o que eu faço?

— Você vai para casa. Vou mandar dois dos meus seguranças irem buscá-lo. Em qual hospital está? – Murilo se adiantou e Johnny passou o endereço e a ala que estava.

Conversei mais um pouco com ele para ver se lembrava de algum detalhe a mais, qualquer coisa que ajudasse na busca daqui pra frente, mas ele realmente tinha contado tudo o que sabia. Depois de me certificar que Johnny ficaria bem, encerrei a ligação e respirei fundo para controlar a minha raiva, preocupação e medo de como estariam tratando Téo agora.

— Porra! Com certeza esses infelizes estavam vigiando você esse tempo todo e agora estão usando o seu amigo. – Murilo falou puto, balançando negativamente a cabeça, enquanto mandava mensagens – Me desculpa por toda essa situação. Primeiro você, agora ele. Isso é um caralho! Mas eu vou reparar toda essa merda. Tem minha palavra. – garantiu me encarando.

— Não. – respondi pensativa e ele fez uma careta. – Isso não tem a ver com você.

— Como não? Claramente me parece que os filhos da puta que me atacaram agora querem atingir você também por causa de mim. – disse e balancei a cabeça negativamente pensando nas palavras do Johnny.

— As pessoas que estão atrás de você não querem mandar um alerta para mim, querem matar você. Eles não perderiam tempo sequestrando meu amigo para me fazer sofrer sem chantagearem ou barganharem um encontro ou armadilha que resultasse na sua cabeça. Estão usando Téo para me avisar, me punir e eu sei exatamente quem está por trás de tudo isso. – apertei os olhos com raiva só de pensar naquele desgraçado.

— Do que você está falando? O que está acontecendo, Selena? – Murilo questionou já irritado e comecei a me mover, pegando minha pistola e conferindo as balas no cartucho.

— Não tenho tempo de explicar tudo agora. – falei correndo na direção do closet para me vestir e ele veio atrás. – Quanto antes sair, mais rápido encontro ele e evito que façam o pior. – expliquei depois de alguns segundos recebendo seu olhar mortal de confusão e raiva que não me abalava em nada naquele momento.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora