61 • A TENTATIVA

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— Não!

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— Não!

Ele respondeu de imediato com sua expressão assustada, olhos crescidos e agora as mãos inquietas que passava no rosto.

— Sei que é pedir demais...

— É praticamente pedir a minha cabeça! Mexer com alguém do tamanho do Ballard... Meu Deus!

— Exatamente, essa é a nossa dificuldade fodida. Ele é intocável! – afirmei.

— Isso é loucura, isso tudo é...

— Eu sei. – concordei também esfregando o rosto.

— Senhor, tem noção de que se isso for mesmo verdade vai pôr por água abaixo uma lenda do exército nacional?!

— O buraco é bem mais fundo que isso, Mcbride. Vai manchar a imagem militar do país inteiro, aquele infeliz é conhecido quase no mundo todo. – falei e ele apertou os olhos – Mas isso não significa que ele pode sair impune disso e eu farei de tudo pra que não, mas precisamos da sua ajuda.

— General... Guerra – corrigiu – Eu o respeito imensamente, mas não posso. Se me pegam tentando acessar esse código, acabam comigo. Eu não vou só perder a farda, vão dar um fim em mim...

— Chega de enrolação! – o senhor Clegg levantou da mesa em que estava e caminhou até a nossa – Qual o seu preço, garoto?

— Como é que é? – o Mcbride levantou da cadeira e o encarou de frente.

— É assim que funciona! Quanto você quer? – perguntou de forma mais incisiva e me ergui, vendo a irritação de ambos.

— Com quem pensa que está falando? Acha que pode me comprar?

— Todo mundo tem um preço...

— Não eu! Não sou um mercenário, eu honro a minha farda!

— Tudo bem, não precisamos disso... – tentei intervir

— Pelo seu relato eu vi bem como honra a sua farda! Esse garoto é inútil, Guerra! – disse em seguida para mim e apertei os olhos em raiva.

— Sim, eu sou inútil pra vocês! – confirmou o que o senhor Clegg havia dito – E eu sinto muito pela sua filha, ela era uma grande mulher e honrou cada dia que vestiu a farda. É uma pena tudo o que aconteceu, mas eu também tenho um filho a caminho pra pensar e ele vai precisar do pai vivo. Com licença!

Disse e começou a caminhar em direção à saída.

— O combinado era fazer as coisas do meu jeito... – comecei a falar para o senhor Clegg.

— O seu jeito não está funcionando.

— Não ouse me atrapalhar outra vez! – exigi já puto e caminhei atrás do Mcbride. – Espere! – ordenei quase no impulso e ele parou imediatamente seus passos.

SELENA FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora