Viagem de casal

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O natal foi muito tranquilo, aquele clima de paz tipicamente natalino. E antes que eu pudesse dizer que ia viajar “sozinha”, Carter me jogou a bomba que ia para Nova York com Rose passar a virada do ano, e, é claro, joguei a bomba junto e ninguém se importou muito.

Pra quem passou um ano sozinha em outro país, passar uma semana “sozinha” dentro do país parecia pouco.

Charlie não me disse para onde iria me levar, então não consegui dizer a eles para onde iria, joguei a desculpa que seria “surpresa”, porque pra mim realmente seria, e minha fama de ser uma “boa menina” deu certo, porque eles não me questionaram muito.

Estava vendo que seria naquela semana que eu zeraria minha poupança, mas dane-se, eu era nova demais para me preocupar com isso.

Meu pai nos deixou no aeroporto e Carter entrou no voo para Nova York e eu, voltei para a faculdade até Charlie.

Sorri abertamente saindo da zona de embarque vendo aquele moreno lindo me esperando. Charlie abriu os braços e eu fui contente até ele soltando as malas para abraçá-lo.

— Estava já quase tendo um negócio — ele disse.

— Deu uma turbulência bem sinistra por causa da nevasca, por isso o atraso.

Assentiu acariciando meu rosto antes de me beijar.

— Então senhorita Davis, você tem blusas de inverno e roupas suficientes para uma semana ai né? — apontou para minha mala.

Assenti.

— Do jeito que você pediu.

— Então vamos porque são sete horas de estrada.

— Oi? — ri o acompanhando enquanto ele puxava minha mala — sete horas? Pra onde acha que vai me levar?

Charlie riu.

— Vamos para mammoth lakes — ele disse como se eu fizesse a menor ideia do que ele estava falando — não conhece?

Neguei.

— Bom, tem neve, dá pra esquiar e essas coisas — ele disse — é calminho.

Ri.

— Deveria saber que eu não sei esquiar — disse e Charlie riu.

— Então vamos fazer o mesmo, descer sentados no trenó — ri imaginando a cena — imagina só se eu me quebro há menos de duas semanas da final? Nem pensar.

— Então porque estamos indo lá?

— Como eu disse, é calminho — saímos do aeroporto, logo vi seu carro que ele quase nunca usava — e eu sei que gosta de neve.

— Justo — assenti e ele sorriu — então vamos.

Charlie guardou minha mala e eu rapidamente entrei no carro sorrindo ao ver que Charlie havia feito quase um estoque de comida pra a viagem. Não me surpreendia, porque ele era grande e comia de forma proporcional ao seu tamanho, Carter era igual.

— Eu trouxe algumas coisas, como pode notar — ele disse ao meu ver olhando todas aquelas comidas embaladinhas — lembrei do seu chocolate — ele sorriu indicando uma das sacolas que tinha o meu chocolate favorito.

Sorri abertamente enquanto ele colocava o cinto e segurei seu rosto o beijando.

— Obrigada — ele sorriu também — tenho algo pra você, de natal.

— Emily, não precisava.

— Precisava sim — eu disse — vamos gastar o dinheiro do seu pai, nada mais justo que te dar algo — peguei a bolsa a abrindo — não é nada nada muito uau, mas…

O melhor amigo do meu irmão Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora