Sexo liberado

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Saí da sala tentando guardar tudo na bolsa de forma desengonçada, eu estava com muita fome e precisava comer. Tudo culpa do despertador que decidiu não tocar e me fez acordar tarde, tarde o suficiente para não ter tempo de tomar café sem me atrasar para a aula.

— Oi linda! — ergui os olhos da bolsa e sorri vendo Charlie vir apressado até mim, parecia feliz, feliz demais.

— Oi amor — disse confusa com seu sorriso enorme.

Arrumei a bolsa no ombro quando ele ficou de frente pra mim.

— Por que parece tão feliz? — sorri também.

— A consulta, foi agora.

Demorei uns segundos para me lembrar até arregalar os olhos. Ele estava feliz, aquilo só podia significar que...

— Suas costelas estão…?

— Quase — ele disse sorrindo — mas eu estou liberado para transar!

Ri segurando seu rosto o beijando rapidamente.

— O médico disse que está literalmente liberado para transar?

— Disse! — ele segurou minha cintura — também disse pra eu ir com calma, mas quem liga?

Revirei os olhos amolecendo quando ele me beijou de volta e imediatamente o segurei pela nuca o trazendo ainda mais para mim. Eu estava com fome, né? Acho que sim. Ficava difícil pensar direito quando ele me beijava daquele jeito.

— Quer passar lá em casa? — ele sussurrou — temos um mês de atraso para compensar.

— Vamos — o segurei pelo pulso começando a andar depressa com ele, ou melhor dizendo, o mais depressa possível.

Arrumei a bolsa no meu ombro algumas vezes por ela ficar caindo e voltei minha atenção para Charlie quando ele entrelaçou seus dedos nos meus.

— Agora só falta poder praticar exercícios de volta — ele disse aliviado.

— Bom, mas isso é o de menos — dei de ombros.

Ele riu baixinho.

— Pode ser o de menos pra você, pra mim está sendo horrível — ele disse — a cada dia que passa eu vou perdendo a forma, dois meses é muita coisa, sabia?

De fato, Charlie não estava absolutamente definido como me acostumei a ver, mas seus músculos ainda eram muito evidentes, e sinceramente, acho que eu estava até o preferindo daquele jeito, definido, mas não extremamente.

— Eu gosto assim — disse baixo e ele riu de volta.

— Que bom, porque eu me sinto estranho — ele disse — tipo, eu to mole — ele tocou o braço e eu ri alto segurando seu braço.

— Não, você não está — beijei seu ombro — só não está parecendo uma pedra como sempre, continua gostoso, mas está macio — ele sorriu revirando os olhos beijando minha cabeça rapidamente — e precisa de muito tempo sem academia para perder isso aqui — passei discretamente a mão em seu tanquinho.

— Ia me amar se eu fosse molhinho?

— Óbvio — beijei seu ombro de volta — não é só seu corpo que te torna gostoso, meu bem.

Passamos despreocupadamente pela área dos restaurantes e parecia tudo normal até que parei do nada me lembrando do que combinei com as meninas.

— Que foi? — me olhou confuso.

— Vou almoçar com Abby e Sarah — eu disse murchando os ombros — esqueci completamente, me desculpa.

Segurou minha mão beijando meu pulso rapidamente.

O melhor amigo do meu irmão Where stories live. Discover now