— As pessoas são estupidamente bonitas — Kate disse enquanto tomávamos suco em um quiosque.
— E bronzeadas — observei.
— Estupidamente bonitas e bronzeadas — ela completou e assenti bebendo mais um pouco.
Já havia tomado todos os sabores de sucos daquele lugar, e todos pareciam ter o mesmo sabor de frutas misturadas, não era ruim, mas era padrão.
As pessoas estavam agitadas ali, como me acostumei ao ver nos fins de semana. Famílias, casais e amigos lotavam a praia e eu me perguntava como numa cidade com tanto entretenimento, a galera ainda se socava numa faixa de areia de frente para a água.
Inclusive meu namorado.
— Quando eu voltar daqui um ano a senhora vai estar estupidamente bronzeada?
Kate riu.
— Talvez a água desse lugar me faça ficar bonita, e bronzeada será uma consequência a longo prazo.
Revirei os olhos.
— Bonita já é, só quero saber do bronzeado — ela riu me dando um tapa na coxa e eu sorri.
— Cadê as crianças? Perdi o boné do Nate — ela disse olhando a multidão por cima.
Kate passava mal se ficasse muito tempo no sol, descobrimos isso da pior forma, então quando estava muito quente, tipo agora, ficávamos afastadas tomando suco enquanto Charlie e Nathan iam pro mar. E sim, compramos bonés de cores extremamente chamativas para conseguirmos localizá-los, porque mesmo que soubéssemos que eles vieram dali e eram muito acostumados com o mar, tínhamos medo de eles se empolgarem e morrerem. Eu tinha mais medo, na verdade, mas Charlie parecia ser propenso a acidentes, não tinha como não me preocupar
— Ali! — apontei e vimos dois pontinhos azul brilhante, ainda mais brilhantes por refletirem o sol.
Charlie parecia outra pessoa, estava muito mais alegre, bronzeado, e se possível mais gostoso do que o costume. Havia feito algumas entrevistas e provavelmente antes de eu ir embora ele já estaria trabalhando em algo. Ser homem deveria ser tão simples.
Depois de uns quinze minutos que eu e Kate estávamos ali, eles vieram até nós, sedentos. Charlie bebeu meu suco em um gole e respirou fundo passando os cabelos para trás.
— A água ta perfeita! — Nathan disse contente.
— Quando o sol der uma trégua nós vamos — Kate sorriu o abraçando de lado.
— E você, cansou? — olhei para Charlie que usava a toalha que antes estava em meu colo para se secar um pouco.
— Minhas costas estavam começando a arder — ele disse culpado.
Ri e indiquei para ele virar de costas. Peguei o protetor na bolsa e reapliquei na região, Charlie estremeceu porque estava geladinho e eu sorri beijando seu ombro.
— O que acham de almoçar? — ele disse.
— Vamos tomar uma ducha e trocar de roupa — Nathan respirou fundo — encontramos vocês no carro — deu um selinho em Kate e os dois saíram com as roupas que chegaram ali nas mãos.
Charlie voltou devidamente vestido com seu shorts e camiseta clara e eu sorri o abraçando para beijar seu pescoço, agora sem gosto de sal e ele riu abraçando minha cintura.
— Eu to morto de fome — ele sussurrou e eu sorri.
— Tem como eu comer você? — sussurrei também — ta tostadinho já — passei o dedo por seu braço.
— Eu sou sua refeição diária, querida — piscou pra mim antes de me beijar — tô muito queimado?
— Ta gostoso.
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O melhor amigo do meu irmão
रोमांसGostar do melhor amigo do seu irmão pode ser um problema, mas para Emily, não. Pelo menos, a princípio não parecia nada demais até que para Charlie, se relacionar com a irmã de seu quase irmão se torna um grande problema.