Saí do trabalho sentindo meus ombros relaxarem. Eu estava completamente exausta daquela semana. Hoje era meu aniversário, vinte e sete anos, mas eu me sentia com oitenta, no mínimo.
Cheguei em casa tirando os saltos no corredor, e quando abri a porta levei um puta susto com um canhão de confete estourado na minha cara.
— PARABÉNS, VELHINHA! — Charlie gritou.
Ri observando o confete cair no meu cabelo e olhei seus olhos antes dele soltar aquele tubo e vir me abraçar com força. Quando vi que ele não havia mandado nenhuma mensagem durante o dia, imaginei que estava aprontando alguma para quando eu chegasse.
O abracei pousando a cabeça em seu ombro, sentindo meu corpo relaxar um pouco.
— Oi, amor — sorri erguendo meu rosto para beijá-lo.
— Oi — ele tirou meu cabelo do olho e me soltou olhando o relógio em seu pulso.
Ele estava vestido, não como geralmente ficava em casa, mas também não estava arrumado o suficiente para sair para algum lugar.
— Você tem meia hora para tomar banho e se trocar, vamos sair.
Franzi o cenho.
— Pra onde?
Ele sorriu como uma criança.
— É surpresa, mas temos uma viagem pra fazer.
Quis gemer. Era sexta feira, fim da tarde, não queria fazer nenhuma viagem, só queria comer algo gostoso, transar com meu homem gostoso e ir dormir gostoso.
— Vamos, para de bico e vai rápido — deu um tapinha na minha bunda.
— Ok — acabei sorrindo e fui para o quarto tomar banho — como tenho que me vestir?
— Fique confortável, vamos fazer uma viagem de carro.
Agora gemi de fato o fazendo rir.
— Te amo!
— Não tenho tanta certeza — disse entrando no banheiro, consegui ouvir sua risada antes de começar a me despir.
* * *
Tentei reconhecer o caminho que ele estava fazendo, mas não fazia ideia de onde estávamos indo, mas definitivamente, pegamos a estrada.
— Não posso saber nada? — perguntei depois de meia hora dentro do carro.
— Certo, vou ser legal com você — ele pousou a mão na minha coxa — são duas surpresas, a maior delas será amanhã.
Semicerrei os olhos para ele que sorriu apertando minha coxa ainda mais.
— E... vai demorar muito? — perguntei, ele não havia deixado eu pegar nada porque já havia arrumado minha mala, só pude pegar minhas maquiagens e produtos de higiene, porque de resto, já estava no carro.
— Mais umas duas horas — ele disse.
Assenti, sinceramente achei que passaríamos a noite toda na estrada, pelo menos chegaríamos onde quer que fosse ainda no início da noite.
Ele me distraiu com facilidade durante o caminho, o que não era nenhuma novidade. Logo eu estava sorrindo abertamente querendo me soltar do cinto para subir em seu colo e abraçá-lo. Do nada ele saiu da estrada virando em algo que parecia uma rua, mas não parecia um caminho convencional. Fiquei em silêncio tentando entender e logo avistei um local imenso com várias pequenas casas que pareciam ter o tamanho de um quarto. Sorri, parecia um lugar bem agradável.
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O melhor amigo do meu irmão
RomanceGostar do melhor amigo do seu irmão pode ser um problema, mas para Emily, não. Pelo menos, a princípio não parecia nada demais até que para Charlie, se relacionar com a irmã de seu quase irmão se torna um grande problema.