O melhor amigo do meu irmão

Tatuagens

Abby estava oficialmente saindo com o cabeludinho da moto, e absolutamente nada havia mudado, o que era meio estranho pra mim. Ela mascarava muito bem os sentimentos e eu meio que admirava quem conseguia fazer isso, porque eu não conseguia.

Basicamente se ela estivesse tentando escondê-lo de nós, ninguém jamais suspeitaria.

E bem, depois de quase uma semana que estavam “juntos”, iríamos conhecê-lo num eventinho estrategicamente programado para isso. Nick e Charlie eram especialistas em organizar festas sem motivo algum, e como universitário gosta de uma desculpa pra beber, a casa deles encheu rapidinho.

Organizava os salgadinhos quando Abby chegou com Jack.

Eu e Sarah nos olhamos rapidamente, de longe certamente não parecia tão bonito, mas era. Hoje estava com os cabelos soltos, uma jaqueta de couro que eu achei linda. Como eu queria que meu cabeço ondulasse daquele jeito naturalmente.

— Oi oi! — Abby disse contente o puxando pelo braço para dentro da casa.

A música estava alta, ams el conseguiu gritar mais alto.

Nos aproximamos rapidamente, Nick com duas garrafas de cerveja na mão esfregando na minha cara sua ótima resistência a álcool. Acho que jamais veria aquele homem bêbado.

Ao contrário do meu moreninho que já sorria sem motivo.

— Jack — ele deu um sorriso sem jeito — Sarah, Nick, Kate, Nathan, Emily e Charlie — Abby foi apontando para nós na ordem que estávamos posicionados — esse é o Jack.

Acenamos tentando ser simpáticos e ele fez o mesmo.

— Alguém mais branquelo que o Nathan, que milagre — Nick tentou descontrair.

— A pigmentação ta nas tatuagens — ele disse nos fazendo rir levemente.

— O que quer beber, cara? — Charlie perguntou se virando para o freezer.

— Eu não bebo — Jack disse um pouco tímido — tem um refrigerante ou algo sem álcool?

— Tem, claro — Charlie cavou o freezer até tirar uma coca lá do fundo — fique à vontade.

— Muito obrigado — aceitou a latinha.

— Ele não bebe, mas eu sim, então pode passar a vodca — Abby disse e Charlie rapidamente passou a garrafa para a menina..

Jack sorriu para ela a olhando como se Abby fosse a jóia mais bonita que ele já tinha visto, eu e as meninas nos olhamos num claro "que fofo".

Charlie terminou de fazer minha bebida e a deixou ao meu lado enquanto eu virava o último pacote de salgadinho nas tigelas.

— Brigadinha — sorri pegado o copo antes de bebericar.

Para alguém que não tinha muito costume em beber, Charlie era um ótimo bartender.

— Por nada, linda — abraçou minha cintura beijando minha cabeça — porque nessas festas você parece ficar tipo, mil vezes mais bonita?

— Porque eu me arrumo um pouquinho mais — ri o puxando para um selinho — agora você está sempre gostoso.

— Eu não disse que você não está sempre gostosa — ele se corrigiu me fazendo rir e revirar os olhos — você é incrivelmente linda sempre, loirinha.

Deixei o copo na bancada para poder beijá-lo direito, infiltrou a mão no meu cabelo me trazendo mais para ele e sorri encerrando o beijo com mais um selinho.

— Na verdade, eu acho que você meio embriagada fica mais sexy, deve ser isso — ele sussurrou contra meus lábios.

— Mas eu nem comecei a beber direito.