Nossa Babá

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•DANIEL•
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Eu não sabia que íamos ter tantas dificuldades apenas por escolher uma babá para os nossos filhos. Para mim parecia ser bem mais fácil do que realmente era.

Isadora era a escolha perfeita, todas as minhas expectativas criadas sobre a babá ideal estava naquela mulher. As coisas só passavam um pouco do limite quando minha mente decidia enviar os piores pensamentos sobre ela.

Fazia exatos vinte minutos que eu estava deitado olhando para o teto, tentando me recuperar do sonho mais terrível que já tive. Aparentemente não era só o pau do Gabriel que afetava o juízo dele.

Meu marido se mexeu ao meu lado e me puxou para perto, ele estava começando a despertar.

— Dani, você bem que podia me trazer café na cama — Sua voz estava rouca e quando me virei notei seus olhos ainda fechados.

— Eu vou me matar — Tudo a minha volta ficou em um silêncio até ele decidir abrir os olhos.

— Tá, isso é preocupante — Ele sentou na cama e vi que o ruivo se esforçava para se manter acordado — O que aconteceu?

— Tive um sonho erótico.

— Mas isso é normal.

— Foi com a Isadora — As expressões dele mudaram em instantes.

Meu marido que estava com a cara toda amassada e alguns segundos atrás parecia nem lembrar do próprio nome, despertou em segundos. Eu não sabia se sua reação era boa ou ruim.

— Puta que pariu — Ele murmurou passando a mão no cabelo.

— Eu sei — Fechei os olhos e respirei fundo — Sou um idiota.

— Eu devo ter ciúmes disso?

— Não, claro que não! Porra, é a Isadora, ela é... Diferente.

— Daniel, você teve um sonho com a Isadora, sabe como isso significa que ela tá te afetando?

— Óbvio que não, isso foi aquela conversa estranha com a Priscila — Tinha que ser aquilo.

Gabriel deitou na cama e quando me virei em sua direção percebi que ele ainda estava digerindo as informações. Eu mesmo estava decepcionado comigo.

— Foi bom? — Ele quebrou o silêncio.

— Gabriel!

O homem levantou o cobertor e olhou para baixo, seus olhos se arregalaram levemente.

— É, aparentemente foi muito bom.

— Meu Deus! — Abaixei o cobertor e mantive minhas partes íntimas longe da vista dele.

— Quer falar como foi?

— Não, nunca, jamais... — Sua risada foi o motivo do aumento do meu surto — Não têm graça!

— Me desculpa — Ele caiu na gargalhada como se fosse a coisa mais engraçada do mundo — Só é divertido vê que você fez a besteira antes de mim.