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ISADORA
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Eu era mesmo muito burra e agora confirmava isso com toda certeza. Jamais devia irritar meus chefes antes de transar.

Gabi e Dani eram perfeitos comigo, cuidavam de mim de um jeito que nem mesmo meu pai se preocupava em fazer, nos mínimos detalhes eles se mostravam bons cavalheiros, mas quando o assunto era transar eu não tinha o que reclamar, era como se os dois tivessem um alterego escondido.

Podia sentir cada marca que havia ficado em meu corpo latejar em minha pele, os chupões, as mordida e até os beijos nada delicados. Minha intimidade pulsava como se tivesse sido a noite inteira preenchida fortemente, de fato foi isso que aconteceu, Gabriel nem me deixou ficar limpa, disse que estava marcando território e por culpa dele eu fedia a sexo. Já na parte de trás eu nem precisava comentar o quanto ficaria alguns dias bem quietinha sem ter como me sentar. Tudo isso graças a minha boca que não conseguiu ficar quieta.

Escutei os sons dos pássaros já acordando para seguir suas rotinas e olhei o relógio que ficava na mesinha do canto esquerdo. Em breve eles teriam que acordar para trabalhar e eu ficaria sozinha com as crianças, essa devia ser a parte mais difícil do dia.

Senti um braço entrelaçar minha cintura e pude sentir Daniel atrás de mim já começando a despertar, Gabriel se mantinha igual um bebê a minha frente, como sempre ele dormia grudado em meus peitos. Nem parecia que esses anjinhos que agora estavam capotados, passaram a noite anterior fazendo coisas horríveis comigo, mesmo assim não foi nada que eu não tenha gostado.

— Vocês precisam acordar para trabalhar — Falei baixo sabendo que pelo menos Daniel escutava minhas palavras.

— Só mais cinco minutinhos — O moreno me apertou ainda mais e se aconchegou em mim.

— Não quero trabalhar, tá frio — Essa foi a vez do ruivo dizer de forma embolada que dificultou meu entendimento.

— Mas vocês precisam, como pretendem pagar meu salário se começarem a faltar no serviço? — Brinquei recebendo um aperto em minha coxa de Gabriel.

— Está com a língua tão afiada, nem parece a cachorrinha comportada de ontem — Senti meu rosto inteiro corar.

— Gabriel! — Bati no braço dele recebendo um riso de resposta — Não sou uma cachorra!

— Você parecia uma quando estava...

— Nem ouse terminar essa frase — Avisei e ele apenas abriu os olhos junto com um sorriso sacana. O infeliz era lindo até mesmo acordando.

Endireitei minha postura e sentei na cama sentindo a pontada de dor que ondulou meu corpo inteiro. Eu com certeza não os provocaria nunca mais enquanto estivessem com raiva.

— Tá tão ruim assim? — A pergunta do Daniel me chamou atenção e vi a preocupação em seu olhar.

— Não, eu estou bem, é só um incômodozinho — Era uma dor dos infernos, isso sim.

— Desculpa — Ele se sentou e avaliou meu rosto — Não queria que sua primeira vez tivesse sido daquele jeito.

— Não foi minha primeira vez.

— Não estou falando da sua buceta — Minhas bochechas arderam assim que entendi suas palavras — Teria sido de uma forma bem romântica se você não tivesse falado aquelas coisas.

— Então agora a culpa é minha? — Brinquei e ele sorriu de canto.

— Não... Não muito pelo menos — Babaca convencido.

Ele se aproximou tomando meus lábios com cuidado e senti que o meu gosto ainda estava em sua boca, Daniel não poupou esforços mesmo.

Consegui sentir a cabeça de Gabriel se apoiando em minha barriga e notei que ele ainda lutava contra o sono, ele me obrigou a fazer cafuné em seus cabelos vermelhos. Como um ser com espírito de criança, pôde se transformar no total oposto ontem? Isso jamais entraria em minha cabeça.

Assim que meu outra chefe encerrou o beijo já podia sentir o formigamento entre minhas pernas, geralmente eles iniciavam minha manhã de forma mais agitada. Acho que precisava urgentemente acalmar o fogo da minha atentada.

— Vou tomar um banho — Ele falou como se não tivesse me provocado nesse exato momento.

— Agora você vai tomar banho? — O homem entendeu a malícia em minha voz.

— Não provoca, estamos em greve de sexo até você se recuperar totalmente.

— Já disse que estou bem.

— Sabemos que não, por isso fica bem quietinha aí.

Daniel se levantou e pude vê seu corpo, que Deus esculpiu com perfeição, totalmente exposto, Senhor tinha sido bem generoso com ele, ainda não entendia como aquele negócio cabia todo dentro de mim. Ele fez um sinal com os dedos me fazendo levar a atenção até seus olhos.

— Não cobice o que não pode ter, Isadora — Era um cretino mesmo.

— Eu posso ter, você que não quer deixar.

— Descanse, você precisa — Ele pegou sua peça íntima e a vestiu.

— Não pode determinar as dores do meu corpo, só eu sei o que sinto.

— Acredite, já estive em seu lugar e posso afirmar o quanto não é fácil colocar algo como o de Gabriel dentro de si — O ruivo riu enquanto ainda estava deitado em minha barriga. Meu outro chefe se apoiou na cama e me deu um selinho — Bom dia, querida.

O homem deixou o quarto e foi em direção ao banheira fazendo com que a gente escutasse o barulho do chuveiro ligado. Eu ainda mataria aquele ser incrivelmente gostoso por não dá o que eu queria.

Gabriel levantou e me olhou com aquele verde intenso como se tivesse satisfeito com algo. Ele trouxe sua atenção até os machucados que estavam em meu pescoço, os mesmo machucados que ele mesmo tinha feito.

— Está falando sério ou só não queria preocupar Daniel?

— Já falei que tô bem — Dei um beijinho em seus lábios e voltei a me deitar — Vá se arrumar para o trabalho.

— Dora, sabe que pode nos alertar se tivermos pegado pesado demais, não é?

— Seu ego é tão alto assim? — Ele ficou sério e eu apenas revirei os olhos — Não têm nada de errado comigo, garanto, e você deveria está dentro daquele chuveiro tomando banho também.

— Você não é nossa babá? Por que ainda não foi acordar nossos filhos?

— Transo com vocês, ganho pontos extras por isso — Ele deixou uma risada escapar.

— É mesmo uma bruxinha — Lembrei do que ele havia falado na noite anterior. O ruivo só me deu mais um beijo antes de se levantar — Têm uma pílula na gaveta direita, tome uma e se junte a nós no banho.

— Por que você têm pilula do dia seguinte guardada?

— Comprei para você, sabia que não ia aguentar te comer a todo momento com aquele plásticozinho — Ele se referiu ao preservativo — E por mais que eu saiba que você adoraria ter um pirralhinho com minha cara, ainda sou novo demais para isso.

— Está insinuando que vai ter um filho comigo? — Entrei em sua provocação já com medo de está atraindo as palavras.

— Quem sabe, talvez eu não me aguente o suficiente e acabe colocando uma sementinha especial dentro de você.

— Gabriel para de brincar com isso! — Atirei um travesseiro em sua direção e ele só apressou o passo até o banheiro.

Eu grávida? Pelo amor de Deus, não! Não tenho condições de cuidar de mais uma criança e isso vai ser impossível de agora em diante, jamais faço a loucura de deixar algo sem proteção acontecer. Devia está louca por ter topado isso.

Nossa BabáWhere stories live. Discover now