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GABRIEL
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Eu me olhava pela sétima vez no espelho em busca de qualquer coisa que estivesse errada na minha roupa, mas a verdade era que eu estava perfeito, como sempre.

Hoje era o dia da apresentação da nossa amiga Priscila e foi exigência dela que estivéssemos super arrumados. Para mim, era um ótimo motivo para exagerar na arrumação, já para o Dani era o motivo do colapso dele, já que eu fazia o moreno avaliar todas as minhas opções de roupas.

O que eu podia fazer? Precisava usar algo que estivesse a altura da minha beleza.

Saí do closet mais uma vez e vi meu marido esparramado na cama, ele parecia impaciente mas eu apenas ignorei.

— Acho que tô pronto.

— Finalmente! — Ele se levantou e me olhou de cima a baixo — Não posso acreditar que você mudou de roupa sete vezes para no final escolher a primeira opção.

— Ai Daniel, não me atormenta, acha que é fácil ser bonito? — Ele revirou os olhos.

— Como eu consegui me casar com alguém que é tão oposto a mim? — O homem murmurou e eu sorri com suas palavras.

Me aproximei do meu marido, segurei seu rosto e deixei um beijo suave em sua boca. Eu já estava tão acostumado com seus lábios que nem me incomodava com o piercing no canto.

— Se arrepende de ter casado comigo? — Seu sorriso foi malicioso.

— De maneira alguma.

Me afastei dele antes que meu fogo no cu subisse. Eu não estava nem um pouco afim de ter que deixar minhas roupas amassadas.

Saímos do quarto e seguimos em direção as escadas até chegar no andar de baixo, fomos direto para a sala e lá eu vi minha mãe brincando com os meus filhos. Ela colocou sua atenção em mim.

— Como vocês estão lindos, queridos — A mulher se levantou e depositou um beijo na bochecha de nós dois — É uma pena não irem me visitar com tanta frequência.

— Não seja tão dramática, Dona Rosa — Brinquei enquanto ia em direção as crianças.

— Vamos fazer o possível para chegar cedo.

— Não se preocupe Dani, vocês têm o direito de se divertir.

— Você não vai precisar fazer nada elaborado, só precisa colocar fralda na Amy antes dela dormir e garantir que os dois estejam na cama as nove.

— Certo, eu sei cuidar de uma criança querido, agora vocês dois podem ir embora, quero ficar com os meus netos.

Observei Dani se despedir das crianças e recebi um último abraço da minha mãe antes de ir. A verdade era que eu tinha muita sorte de ter nascido dessa mulher, mesmo com suas maluquices.

Peguei minha jaqueta no sofá e uma dorzinha no peito me atingiu de ter que ficar longe dos meus filhos. Sim, eu ainda chorava internamente quando tinha que me despedir deles.

Mas hoje a noite eu só daria atenção para a minha amiga e meu marido, sem exceções.


~#~


O lugar inteiro estava cheio, as fileiras de cadeira estavam lotadas e pessoas diversas tentavam encontrar seus lugares na platéia. Por sorte meu marido era perspicaz de mais e tinha feito a gente ir mais cedo.

Assim que chegamos encontramos nossa amiga Bleer e fomos em direção as nossas poltronas, o lugar era um tipo de teatro bem chique.

Algumas apresentações de danças foram rolando, mas a mais esperada iria acontecer agora. Ainda não tínhamos visto Priscila.

— Será que essa é a vez dela? — A morena perguntou ao meu lado.

— Acho que sim, vamos vê.

O palco inteiro estava escuro, o silêncio reinava pelo lugar e todos pareciam ansiosos com a apresentação prestes a acontecer, até mesmo eu sentia uma vibração diferente.

Uma luz se dirigiu para o grande palco e derrepente as cortinas vermelhas foram abertas. Três mulheres estavam posicionadas nas barras, identifiquei a única que me importava alí.

Uma música lenta e sensual começou a tocar e derrepente as dançarinas começaram seus passos. Observei cada detalhe da loira com orgulho nos olhos, minha amiga era mesmo boa nisso.

As pessoas pareciam está em uma total concentração nas garotas, quando olhei para o lado Bleer parecia encantada como se tivesse olhando para anjos descendo do céu. Ela podia até negar, mas era perceptível para qualquer um aqueles olhares apaixonados em direção a Priscila.

Eu me pergunto quando essas duas vão se assumir de vez?

Voltei meu olhar para o palco e derrepente outras menina entraram no lugar, todas usavam lingeries lindas. As garotas foram se posicionando em seus devidos lugares e por uma surpresa meu coração começou a bater mais forte.

Todas alí passaram a ser apenas um borrão comparadas ao rosto que eu estava vendo naquele momento. Puta que pariu.

— Daniel...

— Eu vi — Meu marido murmurou como se lesse minha mente.

Fixei meus olhos em isadora que dançava com graça e sensualidade. Cruzei minhas pernas imediatamente.

Cada garota tinha uma lingerie idêntica as outras, mas nossa babá era a única que se destacava com seus movimentos. Que corpo era aquele...

Seus saltos eram altos, o sutiã valorizava seus seios pequenos e aquela porra de calcinha que era feita apenas de renda estava fazendo minha calça apertar. Caralho Isadora.

— Merda.

— Não faça besteira, Gabriel.

— Meninos, vocês estão bem? — Bleer perguntou sem nem tirar os olhos de Priscila.

— Estamos — Não estávamos.

Coloquei minha jaqueta em cima do colo e me condenei por está nessa situação na apresentação da nossa amiga e ainda cima por causa da nossa babá. Eu só podia ter falta de noção na cabeça.


A cada segundo que a música se passava eu implorava comigo mesmo que tudo aquilo parasse de vez. Assim que a apresentação terminou mal falamos com Priscila.

Seguimos para o nosso carro e depois daquilo as coisas não foram nada tranquila com a garota que decidimos passar a noite.

Agora sim era oficial. Estávamos fodidos e nem era do jeito bom.

Nossa BabáWhere stories live. Discover now