Nossa Babá

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GABRIEL
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Eu soube desde o momento em que meus olhos pararam em Daniel que ele seria o amor da minha vida. Já existiram muitas pessoas que passaram pela minha cama, mas ele foi o primeiro a deixar sua marca no meu coração e eu não pretendia mudar isso de maneira alguma.

Quando o conheci ele não pareceu gostar tanto de mim, mas com o passar do tempo as coisas ficaram diferentes. Os sentimentos foram crescendo, o desejo se espalhando e o amor... Por Deus, eu o amava tanto. O homem da minha vida, meu amante, meu melhor amigo e pai dos meus filhos, como eu desejaria outra vida além dessa?

Lembrar de toda nossa história e olhar até onde chegamos era um marco, por isso eu amava esses momentos onde só existia eu, ele e nossos pequenos monstrinhos.

Coloquei os lençóis nos dois colchões e garanti que a sala estivesse bem confortável para a noite. Meus olhos foram até meus filhos que assistiam desenho enquanto eu e Dani arrumávamos as coisas, senti meu coração apertar quando notei o desanimo nos dois, eles com certeza estavam doentes.

O dia tinha sido mais agitado do que pensávamos. Depois de deixar as crianças na escola, Isadora teve um desmaio em meus braços que me fez ficar preocupado e com medo de ter exagerado demais naquela corrida, mas logo em seguida levamos ela para o médico e pelo o que tudo indicava ela estava bem, apenas tinha pegado a mesma coisa que as crianças. Foi difícil deixá-la em casa sozinha para ir trabalhar, mas assim que eu e o Dani terminamos nossos turnos, fomos direto para a farmácia mais próxima comprar alguns remédio e vitaminas para os três.

Assim que meus pensamentos se dirigiram a morena, sons de passos vieram das escadas. Olhei para meu marido que pareceu notar o mesmo que eu, a mulher entrou na sala em poucos segundos.

Diferente de algumas note anteriores, ela vestia um pijama bem mais propício e confortável, mesmo assim isso não mudava nada na sensualidade dela. O mulherzinha bonita heim.

— Isadora? Não devia tá deitada agora? — Daniel disse parecendo mesmo preocupado.

— Eu não tô conseguindo dormir e resolvi preparar um pouco de chá — Tinha um brilho diferente em seus olhos — Desculpa, não sabia que ia atrapalhar.

— Ah não, você não atrapalha — As palavras sairam sem querer da minha boca — Devia ter pedido para gente preparar o chá, você têm que ficar de repouso.

— Eu sou a funcionária, tenho que fazer minhas próprias coisas.

— Você também é nossa amiga e queremos cuidar de você — As palavras de Daniel a fez ficar quieta.

Eu não sabia como definir nossa relação no momento, mas com certeza tinha algo que não deveria existir entre a gente. Não quero dizer que ela está interessada em nós, pelo contrário, os dois bobos apaixonhadinhos são eu e o Dani, mas as vezes ela me faz acreditar mesmo que talvez não fosse tão impossível de acontecer.

— Dora! — O grito das crianças nos fez despertar.

— Oi pequenos — Ela abaixou para poder abraçar nossos filhos — Vocês estão bem?

— Sim! Quer brincar com a gente? Papai Dani nos deu um novo brinquedo hoje — Amy falou toda animadinha.

Geralmente era eu que chegava com mimos em casa, mas dessa vez meu marido não se aguentou na hora de agradar nossos filhos. Ele ficava todo preocupado quando as crianças estavam mal.

— Como assim brincar? Então quer dizer que vocês não estão mais doentes e já podem ir para a escola amanhã? — Peguei minha monstrinha no colo e beijei seu pescoço fazendo ela sentir cócegas.