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ISADORA
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


O calor beijava minhas bochechas com uma brisa leve de ar, sons de passarinho cantando era perceptível ao fundo e eu poderia até está inconsciente mas sentia que duas coisas enormes estavam me prendendo em segurança.

A manhã já parecia está presente lá fora e enquanto eu empurra a parede em minha frente, uma coisa me apertava por trás. O incomodo foi ficando cada vez maior a ponto da minha mente ir despertando aos poucos.

O colchão embaixo de mim parecia diferente do que eu estava acostumada, ele era levemente mais desconfortável e tinha um ronquinho vindo atrás de mim que parecia ser o mesmo que Amy costumava.... Meus olhos se abriram de uma vez.

Derrepente todos os meus neurônios acordaram e as lembranças de ontem a noite surgiram tão rápido quanto meu desespero. Assim que tentei sentar Gabriel me puxou para perto e colocou uma perna em cima de mim.

Eu havia dormido com os meus chefes, puta que pariu. Não pensei tanto nas consequências que isso me traria mas agora estando consciente e totalmente acordada isso me parece uma idéia bem ruim.

Olhei para frente e percebi que Dani me apertava tanto quanto o seu marido, ele era tão alto que eu poderia apoiar meu rosto no seu peitoral sem nenhum esforço. Enquanto Gabi circulava o braço esquerdo na minha cintura, o direito estava embaixo do meu travesseiro servindo como um ótimo apoio, sua perna esquerda estava em cima da mão do moreno que agarrava minhas coxas e mantinha minha perna em sua cintura. Quando que chegamos nessa posição?

Tentei me levantar devagar para não acordar eles mas quando estava prestes a sair recebi outro puxão acompanhado de um aperto gostoso e forte.

— Fica quietinha — Gabi sussurrou no meu ouvido parecendo inconsciente.

— Preciso levantar — Não recebi nenhuma resposta — Gabi, pode pelo menos me deixar...

Não consegui completar a  frase quando o ruivo se aproximou ainda mais e outra coisa encostou em mim. Um volume nada desconhecido tocou na minha bunda e meu rosto se encheu de calor.

Eu não costumava proferir palavrões, mas minha cabeça estava coberto deles nesse momento.

Não estava duro, pelo menos eu não tinha tocado muito para saber, mas com certeza era grande o suficiente para ser um incômodo bem diferente. Meu coração errava as batidas e as crianças vieram em minha cabeça. Elas não podiam me vê assim.

— Dani, a gente já pode levantar? — Chacoalhei levemente o braço do moreno.

— Hum? — Ele apertou minha coxa e segurei os pensamentos perversos — Depois a gente almoça Isadora.

— Não, não foi isso que eu falei — Eles tinham o sono tão pesado assim? — É que... As crianças vão acordar e... — A respiração deles estava perto de mais, isso me desconcertava.

Desisti de tentar sair do seus braços e apenas esperei que algum tipo de milagre viesse me ajudar. Os dois ainda dormiam tranquilamente e nesse momento nem parecia me incomodar que eles estivessem tão próximos, o calor do corpo deles me dava um bom conforto.

Fechei os olhos tentando recuperar o sono que se despertou e me deixei aconchegar junto com os dois. A sensação de dividir uma cama com eles era quase como viver em um casulo, os dois pareciam ter medo de me largar mesmo que por um segundo.

Quando meu corpo estava quase entrando naquele conforto de antes um som alto tocou fazendo eu me distrair rapidamente. Era a campainha.

— Que droga, Gabi você pode... — Dani murmurou baixinho mas interrompeu as palavras de imediato — Isadora?

— Bom dia — Seus braços me soltaram no mesmo instante.

Foi como se toda a chuva de realidade caisse sobre ele e derrepente o moreno se desse conta de tudo o que aconteceu e de quem eu era. Ele certamente não estava acostumado a acordar com uma figura feminina ao seu lado.

— Daniel, têm como calar a boca? — O ruivo me espremeu mais em seu corpo.

A campainha tocou novamente e um murmurinho de reclamação veio das crianças. Tentei me soltar mas Gabi não me largou por nada.

— Gabriel, acorda seu idiota — Dani sentou e tentou tirar os braços dele da minha cintura. Minha perna continuava enroscada no moreno e ele não pareceu querer tirar ela de lá.

— Tô de folga, me deixa dormir.

— Não, você têm que acordar, é sério.

Eu não sabia o que acontecia atrás de mim, mas tinha a impressão que meu chefe começava a acordar e entrar em choque. Dani olhou para ele como se o tivesse o repreendendo e então o homem me soltou com delicadeza.

— Ah... Bom dia — Escutei a voz masculina rouca e me ajeitei em instantes — Isadora, ah... Desculpa por não ter te soltado, acho que...

Antes que o momento constrangedor prosseguisse a campainha foi apertada novamente acompanhada de batidas brusca na porta. Encontrei a oportunidade perfeita para escapar daquela situação o mais rápida possível.

— Eu atendo! — Levantei do colchão e nem me importei por está com o cabelo despenteado.

Fui em direção a entrada mas enquanto andava um grito veio da sala.

— Isadora espera! — Escutei movimentos no outro cômodo mas não parei — Você ainda tá de pijama!

Abri a porta sem pensar muito e precisei de alguns segundos para entender o que acontecia. A loira começou a falar enquanto mexia em sua bolsa.

— Finalmente, pensei que não iam abrir essa porta nunca, por acaso vocês estavam... — A mulher focou sua atenção em mim e seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo como se estivesse vendo uma miragem — Isadora?

— Priscila?

Uma justificativa estava prestes a vim quando Daniel me puxou para mais dentro e se colocou em minha frente me deixando de frente a sua linda costas. Ele escondeu meu corpo como se fosse um tipo de tesouro que só podia ser visto por eles.

— Quem é? — Gabi falou tentando recuperar o ar da corrida — Priscila?

— Ah... Espera, o que tá acontecendo? — Minha amiga perguntou confusa e quando estava prestes a sair de trás do meu chefe ele me manteve atrás do seu corpo.

— Nada — Os dois responderam juntos.

— Tem como vocês dois saírem da frente dela? — A loira tentou entrar mas os dois se colocaram em frente a porta.

— Isadora ainda tá de pijama — Gabi disse como se estivesse envergonhado.

Um silêncio reinou por segundos enquanto minha amiga tentava descobrir o que acontecia, eu tentava da pulinhos para enxergar a loira. Os dois não me deixaram sair de trás deles.

— Papai, quero o meu leite! — A voz de Luke veio da sala distraindo todos nós.

Os dois olharam para mim e percebi um brilho diferente em seus olhos. Derrepente eu está vestida com um tecido tão fino me incomodou e o fato de está sem sutiã não ajudou em nada.

— Dora, pode preparar as crianças, por favor? — Daniel perguntou e eu não resisti aqueles olhinhos azuis.

— Claro, eu vou vê eles — Me afastei dos dois e segui pelo corredor em direção aos meus pequenos.

O que especificamente acabou de acontecer!?

Nossa BabáWhere stories live. Discover now