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•ISADORA•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Estava a meia hora parada em frente ao espelho e nem sabia exatamente o motivo disso, eu simplesmente não conseguia parar de gostar do que via.

A exatos três dias, eu e meus chefes tínhamos compartilhado uma noite incrível juntos e desde então as coisas têm sido tão incríveis quanto nunca. E quando eu falava incrível queria dizer que estava gastando rios de pomadas contra assadura, não que eu esteja reclamando.

Os meninos estão mais próximos que nunca e isso têm me deixado animada de muitos jeitos, eles têm sido perfeitos. Durante o dia eram amorosos e carinhosos, de noite todas as emoções acumuladas eram descontada de outra maneira. Não me lembro da última vez que me senti tão realizada no quesito sexo, o único arrependimento que tinha era de não ter feito antes, até o mundo andava mais colorido.

Observei os sinais da noite passada em meu corpo e me perguntei em como tantos roxos se instalaram em minha pele, como aqueles dois fizeram essas coisas em meu corpo e eu nem reparei? Acho que prefiro não saber. Cobri o meu corpo ao máximo que pude mas não ajudou muito, o calor também não colaborava para que eu usasse roupas com mais tecidos.

Tirei meus olhos do reflexo onde conseguia vê toda minha aparência de cansaço e satisfação, eles não me deixaram descansar pela manhã também. Apenas expulsei os pensamentos da minha cabeça e fui em direção a saída, desde os acontecimentos recentes tenho ficado no quarto dos dois porquê eles não me deixaram mais sair, quase todas as minhas coisas estavam aqui.

Andei pelo corredor já escutando os murmurinhos no andar debaixo e apressei os passos para encontrar a família que eu tanto gostava. Assim que entrei na cozinha as duas crianças correram em minha direção e me agarraram com seus bracinhos pequenos, tão lindos.

— Bom dia, crianças!

Me abaixei para ficar no nível deles e fui recebida com abraços e beijinhos. Principalmente de Luke, esse garoto ficava cada dia mais carinhoso, meu bebê.

— Mamãe, os papais estão enrolando para fazer nosso café — Amy disse parecendo impaciente e me passou despercebido a forma que ela me chamou.

— Tenho certeza que eles estão caprichando bastante — Senti o olhar de meus chefes sobre mim.

— O que é esse machucado aqui? — Luke apontou para meu pescoço e senti meu coração saltar. Pensei que tinha disfarçado um pouquinho.

Era nesses momentos que crianças conseguiam deixar adultos em situações bem difíceis. Claro que estávamos fazendo de tudo para que nenhum deles percebessem o que acontecia, fazíamos o mínimo de barulho possível e até mesmo optamos por fazer mais no banheiro do que no quarto. Mas tentar convencer os meus chefes que eles não podiam fazer dezenas de chupões e mordidas em mim era difícil.

Procurei algo que respondesse a pergunta de Luke mas olhei em direção aos meus chefes em busca de uma ajuda. Os dois pareciam tão desesperados quanto eu.

— Ah... A Dora... Ela caiu no banheiro, querido — Gabriel respondeu fazendo os olhos do menino se arregalar.

— Tadinha! — Luke me olhou preocupado — Mamãe, você tá bem?

— Não se preocupe, meu amor — Levantei do chão — Eu tô ótima e me chame de Dora.

— Tá bom, mamãe — O menino correu em direção ao sala e foi como se tivesse ignorado minhas palavras.

Amy acompanhou o irmão e escutei o barulho dos brinquedos sendo remexidos. Eles já foram começar suas atividades motoras.

Coloquei minha atenção sobre meus chefes e respirei fundo, eles já pareciam até saber o que eu estava pensando apenas por minhas expressões. Estávamos com alguns problemas sérios com as crianças.

— Precisamos tirar esse costume deles, os dois não podem ficar me chamando de mãe.

— Estamos tentando, eles que não colaboram — Daniel falou como se não existisse nenhuma preocupação em questão a isso.

— Pode prejudicar as crianças se eles me verem como uma figura materna — Me aproximei do balcão onde eles estavam e roubei um pedaço da maçã que Daniel picotava, recebi um leve tapa em minha mão por isso — As professoras vieram conversar comigo sobre isso, Amy e Luke têm me apresentado como a mãe deles para seus colegas.

— Está rejeitando nossos filhos, Isadora? — Gabriel perguntou em forma de brincadeira mas eu o olhei sério.

— Sabe muito bem que não é isso, adoraria receber esse título das crianças, mas não podemos deixar.

— A senhorita está dizendo que quer ser mãe dos nossos filhos ou quer os pais deles? Se for a segunda opção já aviso que só me caso com aliança no dedo — Atirei o pano de prato em direção ao ruivo e ele rio igual o besta que era.

— Eu te detesto, sabia? — Falei recebendo um olhar de divertimento dos dois.

Gabriel parou de mexer a massa das panquecas e veio até mim me abraçar por trás, ele me deu um beijo no pescoço e foi impossível controlar meus pelos que se arrepiaram, senti o volume em minha bunda já sabendo o tipo de carinho que o cretino queria. Como aquela coisa conseguia ser tão aparente sem nem está duro?

— Deveria colocar um vestido que cobrisse mais esses roxos.

— Deveria não ficar me mordendo pelo corpo todo, acho que isso ajudaria bem mais — Retruquei o homem que apenas pareceu se divertir com minhas palavras.

— Você não reclamou nenhum pouquinho ontem — Para essas palavras eu não tinha resposta. Precisava ir em uma igreja, isso sim.

Daniel largou a faca que cortava as frutas e limpou a mão vindo até mim e me dando um beijo digno de cinema, meu corpo se ascendeu com aquilo em segundos e eu soube o que precisava fazer. Não podia deixar eles ultrapassarem tantos limites assim.

— As crianças... — O moreno não me deixou completar as palavras e me beijou novamente.

— Está proibida de não usar sutiã fora do nosso quarto — O homem que tomava meus lábios com força disse.

Senti sua mão descer até minha bunda e me senti esmagada pelos dois. De onde vinha tanto calor? Não fazia nem uma hora que tínhamos iniciado nossa manhã da maneira mais agitada possível.

Meu neurônio de noção apitou mais alto e eu os empurrei para que me soltassem. Vi suas expressões de insatisfação e me recompus das mãos bobas e beijos roubados. Esses dois só me dão trabalho.

— Vou vê minhas crianças — Disse arrumando meu vestido.

— Filhos, você é nossa namorada então são seus filhos — Gabriel me provocou e eu respirei fundo.

— Até aceito ser mãe deles, mas não sou namorada de vocês — Eles me olharam indignados.

— Pode explicar isso, Isadora — Daniel falou, eu só aproveitei para sair antes que me pegassem de novo — Ainda vai nos dá satisfação sobre essas palavras! — Meu chefe gritou.

Só Deus para ajudar a controlar o inferno que sentia dentro da minha calcinha. Meu senhor, precisava mesmo fazer aqueles dois serem uma tentação?

Nossa BabáWhere stories live. Discover now