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•DANIEL•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Vivemos longos dias de inferno durante todo o tempo que Isadora esteve longe e agora que finalmente tínhamos resolvido, não a soltariamos por nada. Já foi um sacrifício ir atrás dessa mulher, deixar ela escapar seria pior ainda.

A família da nossa babá era quase tão receptiva quanto a de Gabi. Kelly, a mãe, carregava uma espontaneidade no rosto, a loira, que não tinha distribuído muita semelhança a Isadora, nos tratou super bem e foi uma ótima hospitaleira. Isabel, a irmã, era quase idêntica a nossa mulher, ela era simpática, educada e parecia carregar um pouquinho mais de malícia que a Dora. Agora Vinícius, o pai, foi como nossa passagem para a morte, o homem não parecia nada contente com a sua princesinha está em um relacionamento, mas nisso eu não podia julgar, nem consigo pensar na minha pequena Amy crescendo.

Isadora abriu as portas de casa rapidamente enquanto eu e Gabi carregavamos as malas que com certeza tinha voltado com umas vinte coisas a mais do que quando fomos. Senti a sensação familiar de lar e não pude me aguentar ao vê as duas figuras que nos aguardava bem no hall de entrada. Luke e Amy foram até a mulher e pularam em cima dela.

— Mamãe! — A morena teve que se abaixar para abraçar os dois.

— Meus nenéns, que saudade eu estava de vocês! — Os olhos dela se encheram de lágrimas.

— Você tá linda, mamãe — Luke dá um beijo no rosto dela e vejo a mulher se derreter todinha. Ainda tenho minhas dúvidas se ela não ficou com a gente apenas pelas crianças.

O momento fofo poderia ter seguido uma continuidade linda, até que o desesperado do meu marido largou as malas e caiu no chão chorando. Ele agarrou nossos filhos e começou a distribuir beijos em suas bochechas.

— Filhos, vocês cresceram tanto! — Ele chorava feito uma criança com fome.

— Só passou dois dias para você, Gabriel — Falei sem segurar o riso. Era um bebezão mesmo.

— Crianças crescem rápido, Daniel! — Ele continuou agarrando as crianças como se tivessem anos sem se vê.

Escutei alguns passos vindo do corredor e em instantes minha sogra estava na nossa frente com um sorriso de admiração nos lábios. Rosa cruzou os braços e nos olhou como se já tivesse descoberto o que aconteceu.

— Só para dizer que eu sempre soube muito antes de vocês — Seus olhos foram até as alianças.

— Mãe, não assuste Isadora — O ruivo falou limpando as bochechas de lágrimas.

— Não se preocupe, fico feliz em ter você na família, querida — Ela foi em direção a morena e a abraçou.

— Obrigada, dona Rosa.

— Apenas Rosa — A mulher se virou e me olhou — Parabéns para você também, meu genro.

— Eu que agradeço, Rosa — Ela me deu um abraço apertado — Desculpa pelo trabalho com as crianças.

— Não têm problema, sabe que eu adoro ficar com meus nenéns — Rosa foi até as crianças e os encheu de beijos. Dava para saber a quem Gabi tinha puxado — Se cuidem vocês três e tomem muito cuidado, agora que estão juntos finalmente não queiram um outro bebê tão rápido.

— Mãe! — Não consegui segurar a risada quando vi as expressões dos meus parceiros.

— Estou apenas alertando — Ela pegou sua bolsa do cabideiro e se despediu de todos nós.

Nossa BabáWhere stories live. Discover now