Nossa Babá

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•ISADORA•
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Eu não precisava dizer o quanto estava feliz nesses últimos dias e tudo isso era graças aos dois homens que me surpreendiam a cada momento com algo novo. No final das contas eles realmente eram mais incríveis do que eu imaginava.

O amor para mim tinha tendências a seguir o caminho do fracasso, era quase como se eu fosse uma pessoa amaldiçoada por não conseguir sequer um namoro bom, mas nos últimos dias tudo se tornou tão doce que eu poderia vê o mundo mais colorido. Nunca pensei que gostaria tanto de está apaixonada.

Nos últimos dias eu tenho conhecido outro lado dos meus chefes, um lado eu jamais pensei que teria acesso. As coisas têm sido calmas e com uma leveza surpreendente, estava tudo tão bom que eu tinha medo de ser estragado de alguma forma.

Foram necessárias algumas conversas para decidirmos como tudo seria feito, mas logo chegamos a alguns acordos necessários. Primeiro e mais importante, as crianças não deveriam ser expostas a nossa relação de nenhuma maneira possível, elas eram nossas prioridades. Em segundo estava a regra de não prejudicar nada no meu trabalho, o que levava para terceira. Não podíamos ter nenhum contato físico durante o meu turno, uma regra que os meninos sempre quebravam para me darem algum beijo roubado em qualquer oportunidade, principalmente Gabriel que tinha espírito de criança atentada. E por último estava a regra quatro, onde falava que nossa relação deveria ser mantida em segredo por um tempo.

Tinhamos outros acordos, como sempre conversar sobre o que estávamos sentindo em relação a nós três, falar quando algo nos incomodava e coisas desse tipo. Mas em geral essas quatro eram as nossas bases.

Terminei de preparar a salada de frutas das crianças e entreguei para elas, os dois estavam sentados no cadeirão.

Escutei o som de passos vindo do corredor e um sorriso involuntário preencheu meus lábios. Em segundos meus chefes estavam entrando na cozinha apenas de pijamas.

— Papai! — Amy gritou oferecendo os bracinhos para os dois.

— Bom dia, meu amor — Os dois foram até os filhos.

Confesso que adorava ainda mais eles quando os via com as crianças, tinha um toque perfeito de carinho e amor. Os dois olharam para mim e senti a vontade louca de receber pelo menos um abraço.

Uma coisa que mudou muito nesses últimos dias foi a minha líbido indo até as nuvens sem nenhum controle e por razão nenhuma.

— Bom dia, Isadora — O tom de divertimento foi notável na voz deles.

— Bom dia, meninos — Entreguei a xícara de ambos, já havia preparado o café.

Depois de algum tempo de convivência eu tinha aprendido o gosto de cada um. Sempre que podia ajudava eles, principalmente nos dias de trabalho.

— Pensei em sair hoje com as crianças, sei que é dia de folga mas adoraria andar no parque com eles.

— Na verdade temos outros planos e a senhorita vai nos acompanhar — O moreno falou preparando sua refeição.

— O que vão fazer?

— Vamos levar as crianças para um almoço de família e você vai com a gente — Gabi falou como se decretasse por mim.

— Almoçar com a sua família? Acho melhor não.

— Você vai como nossa babá.

— Tô no meu dia de folga, não posso cuidar das crianças.

— Então você vai como nossa namorada — Eu e Dani olhamos para ele surpresos. Foi como se o ar pesasse.

— O que é namolada, papai? — Amy perguntou fazendo Daniel xingar bem baixinho.