Nossa Babá

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•ISADORA•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝

Eu tinha feito algo do qual eu realmente julgava a algum tempo atrás. Me inscrito em site de namoro.

Sabia muito bem de todas as notícias de alerta que passavam pelos jornais ou as histórias desastrosas que aconteciam nesses encontros, mas quem pode me culpar por fazer isso? As vezes a carência chega em níveis excessivos.

Minhas experiências até o momento não tinha sido das mais terríveis, conversei com alguns caras. Alguns só queriam saber se sexo, outros eu nem cheguei a trocar mais de cinco mensagens, mas teve um único que pareceu ser a opção correta.

Seu nome era Ricardo, ele estudava medicina, era cinco anos mais velho e tinha basicamente mesmos interesses que eu. Por algum motivo isso me atraiu bastante, eu só tinha que tomar cuidado com as conversas durante o expediente.

Terminei de recolher todos os brinquedos espalhados na sala e escutei o barulho da porta sendo aberta, em instantes meu chefe estava dentro do cômodo e as crianças correndo até eles.  Arrumei minhas postura rapidamente.

— Oi, meu bebês — Gabriel se abaixou e beijou as bochechas das crianças.

— Papai, a professora me deu uma estrelinha hoje! — Luke falou todo animadinho. O ruivo me olhou com dúvida.

— Ah, é como um ponto positivo para as crianças obedientes — Expliquei.

— Que ótimo, filho! Tô muito orgulhoso de você — Ele passou a mão em sua cabeça bagunçando todo o cabelo do pequeno. Sorri com aquela imagem.

Gabriel se levantou arrumando a sua postura e mantive meus pensamentos reprimidos ao vê seu braço exposto pela manga da blusa levantada. As tatuagens combinava tanto com ele que nem sequer parecia algo exagerado.

Eu tinha consciência o suficiente para saber que ele era bonito e é por isso que entrei naquele site de namoro. Vai que eu começasse a querer cometer loucuras.

— Boa noite, Isadora — Seu sorriso em minha direção foi arrebatador. Percebi a ausência do seu marido — Ele ainda tá no trabalho.

— O que?

— Daniel, era isso que você estava pensando, não é? — Como ele sabia?

— Ah, sim — Minhas bochechas esquentaram e ele soltou uma risada baixa enquanto ia até o sofá.

Gabi encostou sua cabeça no sofá e manteve suas pernas levemente abertas, me obriguei a olhar para qualquer outra coisa que não fosse o volume na sua calça ou os abraços fortes ou até mesmo a forma que as crianças ficavam minúsculas ao lado dele. Por deus, eu estava queimando!?

— As crianças se comportaram bem hoje — Desviei meus pensamentos depravados.

— Isso é bom, ficamos com medo deles não gostarem da creche.

— E eu fiquei com medo deles perceberam a ausência da Fabi.

— As crianças gostam de você, não se preocupe — Meu coração esquentou com aquilo — Eu tô tão cansado — Seu murmurinho foi quase imperceptível.