06 • Desavenças

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O alarme de rotina despertou-me de um sono pesado, após encerrar o toque, encaro o teto do quarto, na verdade, encaro meu próprio reflexo acabado

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O alarme de rotina despertou-me de um sono pesado, após encerrar o toque, encaro o teto do quarto, na verdade, encaro meu próprio reflexo acabado.

Consequências da noite passada na qual inventei suprimir meu desejo de uma boa foda.

Olhei de lado, observando cada detalhe do rosto que procurei por boa parte da noite e surpreendentemente o encontrei em um pub qualquer.

Pele branca, rosto salpicado de sardas e um longo cabelo ruivo. O corpo todo estendido sobre a cama, sem preocupação.

Deveria parar de procurá-la por todos os cantos.

Afinal, ela morreu.

— Merda. — murmurei me levantando da cama king, recolhendo todas as peças de roupa para ir ao banheiro e tomar uma ducha.

Fico por volta de meia hora, meditando tudo que havia acontecido anteriormente. E em que momento criei essa ideia de que me daria bem optando por essa escolha.

A escova de dentes estava disponível e a usei rapidamente.

Depois de vestir as roupas, saí do banheiro e fui direto para a porta de saída do cômodo.

Não pretendia me despedir da ruiva pois seria muito constrangedor e isso não se repetiria tão cedo. Tomando cuidado com meus movimentos, me retirei do quarto, paguei pela noite e ainda algumas horas para a moça se recuperar lá dentro, deixando tudo avisado para recepcionista do motel.

No estacionamento, entrei na Porsche e segui de volta para Tothill Street, no qual me hospedava no hotel mais caro da cidade.

Os vidros fumê disfarçavam a visão de dentro do carro, poucas pessoas me reconheciam por aqui e foi o que facilitou transitar pela cidade.

Cheguei no hotel ainda pela manhã, daria tempo de passar no restaurante e tomar o café, mas preferi subir para o andar do quarto que dormia com as minhas filhas.

Os seguranças que me acompanham nesta viagem estavam conversando em frente a porta, sem manter a postura firme e séria como de costume e assim que me viram, retomaram.

Ri balançando a cabeça, ignorando a ação rápida e medronha dos dois.

— Pela tarde, preparam a segurança para nossa saída, sem atrasos. — ordenei e os dois assintiram. Pego o cartão que abriria a porta e deslizei pela fechadura, abrindo ela.

Na própria entrada, avistei minha filha mais velha jogar todas as minhas roupas de mal jeito e irritada. E mais uma vez, teria que admitir que estava errado e que tudo foi por água abaixo a partir do momento que meus planos de início mudaram.

Quando dizia que minha relação com Harper era das melhores, entendia que estava sendo um bom pai para ela e a mesma admitia esse argumento. Mas qualquer coisinha que aparecia e que atrapalhasse tudo, ela mudava sua opinião.

DOCE SOLIDÃOWhere stories live. Discover now