35 • A primeira briga

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As primeiras semanas sobrevivendo às escondidas em Ottawa não foram tão fáceis como havia imaginado, todo suporte dado pelo FBI era bem vindo, mas conforme nossas identidades falsas eram conhecidas pelos outros, precisávamos colocar em prática as ...

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As primeiras semanas sobrevivendo às escondidas em Ottawa não foram tão fáceis como havia imaginado, todo suporte dado pelo FBI era bem vindo, mas conforme nossas identidades falsas eram conhecidas pelos outros, precisávamos colocar em prática as mentiras em torno disso.

O que foi um grande desafio para Harper, já que no momento, ela quem mais saia de nosso esconderijo que chamamos de casa.

Há alguns dias, ela havia se envolvido numa discussão com uma colega de classe e estávamos aqui, dentro da sala do diretor, esperando o casal responsável pela garota chegar para iniciarmos a minha primeira reunião agora como responsável por uma adolescente.

— Eles irão demorar muito? — pergunto ao diretor, que estava concentrado olhando para a tela do seu computador.

A minha paciência naquele instante estava chegando ao nível que Harper perdeu o controle de si quando aceitou a discutir com a garota.

— Não liga, gente como aquela sem noção ama fazer uma entrada dramática. — chutei a perna de Harper, após escutar seu murmúrio impaciente.

— Senhorita Berg, acredito que se não tivesse iniciado esta discussão todas vocês seriam poupadas de perderem seus tempos, mas como aconteceu...

— Ok, diretor. Já entendi que terei que aturar o mal comprometimento da família da outra estudante. Não precisa mais mencionar.

Não piore a situação, Harper...

A mesma descansa suas costas na cadeira, aguardando a entrada dos demais. Mas o que estava me incomodando era esperar por mais tempo e ainda em um colégio.

Por um vacilo meu o celular começou a tocar, anunciando uma ligação.

— Com licença, é uma ligação de urgência. — na verdade, era Thomas me salvando dessa espera angustiante.

Assim que levantei da cadeira sinalizei para Harper se comportar enquanto estivesse fora da sala, ao sair da mesma, atendi a ligação do meu amigo.

— Ufa! Ainda bem.

— Parece que nada está se saindo como deveria por aí. — ele já podia adivinhar pelo comentário desesperado. — O que foi? Precisa desabafar com alguém?

— Thomas, você acaba de me ligar primeiro e com certeza deve estar mais ansioso do que a mim para conversar. — ele riu e tento não demonstrar o quão bom era ouvir a voz de alguém familiar.

— Está um pouco complicado as coisas por aqui, mas já tomamos o próximo passo para encontrarmos meus pais... bem, acho que por enquanto, somente a mamãe.

— Eles se separaram?

— Pelas informações que Aiden conseguiu, sim. Já estamos com uma ideia por onde Eloise esteja, porém meu pai ainda continua desaparecido.

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