A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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As últimas horas de Chloe eram contadas e nada do FBI ou o Edward aparecerem. Os irmãos a todo instante arrumavam uma intriga, ainda indecisos do que fariam com a vida dela. Jolie não queria perder tempo esperando por Edward, pois seu propósito no momento era se livrar dos irmãos Collin's, ao contrário de Heitor que queria garantir uma parte das riquezas deixadas pelo seu pai e que foram passadas diretamente para Edward.
Enfim, todos os meus esforços não me demonstravam um sinal positivo.
— Achei que pudesse ter um mínimo de fé em você.
Tornei a prestar atenção em Harper. A mesma estava distante, sentada em um sofá velho e sujo, bem ao lado de Chloe.
— Se ainda estão vivas é porque estou tentando evitar que não façam nada com vocês.
— Mentiroso. Se quisesse nos ajudar, manteria pelo menos em um lugar decente e não nessa sala imunda correndo risco de pegar uma doença.
Naquele instante, ouvimos a risada cansada de Chloe. Ela sonolenta, ajeitou sua postura no sofá, se espreguiçando.
— Vocês dois ainda vão continuar com essas discussões desnecessárias?
— Ele é o culpado de tudo. — Chloe manteve-se calada, assim como eu. — Ainda fica do lado dessa gente que quer nosso mal.
— Eu estou tentando ajudar vocês. Mas precisam acreditar um pouco em mim.
— Acreditar em você é mesmo que perder tempo. Um que é bem valioso. — Chloe retrucou, me encarando. — Se você quer mesmo ajudar agora, por favor nos deixe sozinhas e tente pensar em algo mais útil para nos tirar daqui.
Ninguém me disse que seria fácil voltar depois de ser acusado de tudo que cometeu no passado e que mudou vidas para sempre. Mas já vinha preparado para o pior, e precisava compreender que seria difícil para mim voltar a rotina de antes e consertar tudo.
Sabendo que mesmo protestando contra ao seu pedido seria em vão, sai da sala onde as mesmas estavam trancadas há dias e pedi que os demais seguranças vigiassem os corredores. Afinal, ainda precisava manter as aparências diante dos Clark's e do meu primo.
No caminho para cômodo abaixo, avistei eles conversando entre si, aparentemente preocupados com o pouco tempo que lhes restam e aos poucos que me aproximava já podia ter a certeza disso.
— Ele não tem todo este poder, Heitor. Edward saiu do país sem garantia alguma, mas talvez aquela desgraçada da irmã tenha alguns contatos de apoio.
— Mesmo assim não seria suficiente.
— Nosso pai confiou cegamente naquele homem, não foi à toa que ele ficou por muito tempo na família e fugiu de boas armadilhas. — A esperteza de Edward mencionada me fez abrir um sorriso. Ele tinha bons aliados ao seu lado, um ótimo desempenho de comando que lhe garantiu bons anos de vida.
