10 • A verdade surgindo

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Após os treinos da tarde, retomava para minha casa em Carlsbad, porém mesmo exausto do dia, não deixei de passar em Santa Mônica e aproveitar a vista da maré pela noite

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Após os treinos da tarde, retomava para minha casa em Carlsbad, porém mesmo exausto do dia, não deixei de passar em Santa Mônica e aproveitar a vista da maré pela noite. Havia poucas pessoas e que possibilita-se caminhar tranquilamente pela praia. Parei em um lugar específico,  sentando na areia e tirei meu par de contornos dos pés.

Abracei meus joelhos sentindo a ventania que as ondas traziam do horizonte.

A última vez que estive aqui foi quando Edward me pediu para voltar a Texas e ficar de olho em sua irmã.

Quando conversei com ele na última quinta, não entramos em acordo. Esperava ansiosamente que ele agisse repugnante contra minha pessoa, mas até agora nenhum sinal dele.

Continuava com meus treinos, lotando outra vez minha agenda e assinando mais contratos.

Sentia as lágrimas de desespero escorrendo sobre minha pele. Eu queria tanto fugir desta vida e não magoar elas.

Mas o meu passado, o nosso passado não deixava que seguisse como bem queria.

Eu tinha uma carreira bem construída, mas uma vida pessoal de merda. Minha família parecia mais unida causando discórdia pelo mundo do que vivendo cada um cuidando do próprio nariz e sem dificuldades para conseguir o que tanto querem.

Porém estava enganado. Queria tanto me livrar do crime e ele me persegue, queria uma família de verdade para Harper e Kira e tinha consciência de que elas desejavam o mesmo, só que nem era capaz de oferecer o mínimo para elas.

Quanto tentei, foi no calor do momento, já sabendo que receberia uma resposta negativa de quem propunha.

Esfrego meus pés contra a areia, tentando eliminar a sensação ruim de dentro do peito.

Meu celular toca e verifico quem estaria me ligando naquele momento.

Levo o aparelho até meu ouvido ao atender a ligação Bethany.

Oi, você está bem?

— Indo, Beth. E você?

Bem, e também atrás de você. — Olhei para todos os lados possíveis, ela estava do outro lado da praia, caminhando em minha direção.

Sorrio com sua audácia e me levanto da areia.

Assim que finalizo, ela começa a caminhar rapidamente. A areia não ajudava muito nos seus passos, mas fazia o possível.

— Por que não avisou que estava por aqui?

— Talvez fosse óbvio que Edward não perderia a oportunidade de me importunar? — ela concorda e se assenta na areia, também repito o mesmo ato e juntos observamos a lua e a maré. — Como está seu irmão?

— Brendon agora é pai, um homem realizado nas palavras dele. — Impossível imaginar que um garoto rebelde como Brendon tenha despertado o desejo de ter uma família.

DOCE SOLIDÃOWhere stories live. Discover now