A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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Sete anos depois...
Há dois dias, minha avó e meu pai faleceram após sofrerem um ataque em sua casa, após retornarem do hospital. Logo no dia do aniversário de Amélia e que Kira iria conhecer realmente o nosso pai e visitar nossa avó depois de um tempo sem se verem.
Quando recebi a notícia inesperada, estava prestes a me casar com Charlotte. Acabei a deixando sozinha para lidar com tudo na minha ausência e nos últimos minutos antes da viagem a mesma me acompanhou de volta para Califórnia.
Não havia tantas pessoas presenciando o enterro dos dois. Diana estava também hospitalizada, não podendo fazer tanto esforço, Arthur não estava com sua ficha limpa para caminhar tranquilamente pelo país e todos os contatos, amigos de meu pai eram da cadeia.
Mas mesmo assim, podíamos contar com a presença de Quinn e Cecily.
Eu soube há algum tempo o que realmente havia acontecido com o filho deles.
Tudo sendo uma armação de Aiden para tirar Stefan de seu caminho e ainda pisar em suas dores. Era um detalhe que sempre me deixava enojada, meus pais não sabiam entrar em uma pacificação desde o passado que tiveram com a minha mãe.
Kira assim que me avista venho rapidamente para me dar um abraço. Ela era grande e linda. Pena que no pior momento de nossas vidas havia reparado naquilo. Acho que suas forças foram embora assim que a cerimônia começou, ela conseguia conter suas lágrimas, mesmo conhecendo nossos parentes tão pouco.
— Eles foram uns covardes
— Deixa isso para depois, vamos focar em nossa despedida. Está bem? — afasto a mesma, em seguida levando as mãos ao seu rosto delicado. Suas lágrimas continuam o molhando e então tento limpar o excesso delas. — Como a Quinn está?
Kira se afasta ainda mais de mim, dando uma olhada pelo espaço à procura de sua. Quinn mudou bastante desde a última vez que nos vimos. Diria que... mais de dez anos?
— A minha mãe não tem o que sentir pelo papai. Acho que ela foi das poucas com quem teve um relacionamento sério e nem isso poderia ser considerado. — Ela soube da história.
— Eu sinto muito, mas espero que ela tenha sido cem por cento sincera com você. — ela assinte, dando um leve sorriso. — Sempre poderá contar comigo Kira, sabe disso.
— Estou bem, acredite. Só que tudo foi tão cruel e rápido, a vovó cuidava de nós e ele... ele é meu pai mesmo preferindo manter distância.
Não podia imaginar o quanto a garota sentia falta de nos ter por perto, mesmo sabendo tão pouco sobre nós. Na época em que deixei Califórnia para seguir com o programa de proteção, eu deveria ter mencionado Kira junto, assim poderíamos ficar perto uma da outra e Chloe também adoraria ter cuidado dela.
— Eu sentia falta da nossa família todas as noites e era difícil, muito. Sempre queria uma oportunidade para vê-la enquanto podia, mas não conseguia.
