A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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— Por pouco sua avó não descobriu.
Estava muito irritada com a situação, se suspeitasse um mínimo detalhe sequer dessa festa teria acabado com ela antes de acontecer.
— Desculpa, eu... eu não queria, eu juro. — Harper junta suas mãos ao rosto, aflita.
No fundo, jurava que havia mais alguma coisa errada dentro ou fora dessa festa que ela não havia me contado. Foi o que me irritou ainda mais em seu comportamento.
— Está escondendo algo de mim. — a mesma levanta seu olhar para mim, negando ao balançar a cabeça. — Harper, não mente para...
— Papai apareceu aqui alguns dias atrás.
Foi um baque, precisei de alguns momentos para recuperar o raciocínio e voltar a minha realidade.
Stefan, outra vez por aqui.
— Mesmo? — na dúvida, era melhor perguntar novamente, mesmo que fundo desejasse que harper negasse este reencontro. Mas não o que aconteceu. — E o que ele queria?
— Disse que se me sentir insegura aqui, poderia voltar para o Texas. E parece que tudo está voltado para isso.
Semicerro o olhar sobre ela, fazendo a mesma engolir seco seus atrevimentos. Se era uma forma de descontrair a conversa, foi uma tentativa falha.
— Tá, errei. Desculpa.
— Sabia que tinha universitários naquela festa e foram eles que fizeram essa brincadeirinha com vocês? — Ela encolheu ainda mais seu corpo medronho sobre a cama, posteriormente desviando o olhar magoado de mim. — Te pedi para não vacilar comigo para que situações como essa não acontecessem com você.
Harper assentiu, ainda se sentindo mal pela situação de ontem.
Para aliviar o sermão, lhe dou um abraço apertado, quando noto a bolsa que ela havia levado para a festa a peguei de cima da escrivaninha e comecei a deixar seu quarto para a própria ter a sua privacidade.
— Não repete mais isso.
Acabei fechando a porta, sentindo-me mal por passar por aquilo. Nunca pensei que chegaria ao nível de dar um sermão em uma adolescente. Não sendo minha filha. Deveria ser fácil. Não é mesmo?
Prossegui o caminho para o banheiro próximo ao quarto, sem sinal nenhum de Amélia, após vasculhar tudo e encontrar o que suspeitei, escondi em meu casaco e sair para a sala de estar da casa, percebendo que amelia como sempre organizava o cafe da manhã das garotas.
Ela notou minha deixa do quarto de Harper e sorriu para mim.
— E aí? Está ansiosa para o natal?
Natal era umas das piores comemorações que passava, não podia admitir isso para estragar seu dia. Apenas concordo, no fundo, sentindo o peso na consciência.
