A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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Dois meses depois...
Cecily me persegue por todos os cantos do apartamento com a máquina de aparar pêlos. Mas não estava com a mínima vontade de aparar minha barba para apenas sair em um jantar entre amigos.
— Stefan, faz esse esforço por mim. Por favor. — balanço a cabeça para os lados ao parar de fugir. — Já disse o quanto este jantar é importante para mim?
— Amor, eu sei que todo momento comigo é importante. — brinquei, jurando que Cecily arremessaria aquela máquina ligada contra a mim, mas ela apenas riu, desistindo. — Olha, vou me cuidar. Pode ficar tranquila. O que você deve se preocupar é marcar a sua próxima consulta com a obstetra.
Seu rosto demonstra surpresa ao perceber que havia descoberto tudo.
— Como você descobriu? — Cecily se assenta no sofá, ainda em choque.
— Esqueceu que sou Stefan Falkner, sempre descobri as coisas sorrateiramente.
— Não era para você saber antes do jantar!— esbravejou. — Era uma surpresa! Meus pais estariam aqui, a sua mãe viria.
Saber que Amélia estaria por aqui, era mais surpreso do que descobrir que seria pai pela terceira vez. Mas logo penso na pequena Kira e me convenço que ela estaria disposta a arriscar a viagem por minha filha também.
Cecily elevou suas mãos ao rosto, o cobrindo. Sabia que aquela reação não era a das melhores e ouviria muito depois de retonarmos do jantar.
— Eu estava planejando para que isso fosse legal, que você e todos gostassem do momento e fosse harmonioso. Mas parte do plano já está estragado porque você não para com essa mania de investigar tudo que existe de comum nesta casa.
Ela estava muito chateada comigo e não sabia de qual forma poderia me desculpar pelo que fiz. A gravidez foi uma grande alegria para mim, entretanto, assim como aconteceu com a Kira, pensei ser uma nova chance de melhorar minha relação.
Enrolei uma mecha de seu cabelo escuro em meu indicador, brincando com ela enquanto o tempo passava e Cecily não queria mais conversar comigo.
— O que posso fazer para você me perdoar?
— Nada. já estragou o segredo.
— Posso fingir que soube no momento. Sou ótimo em disfarces. — ela me olha hostil e apenas me mantenho em silêncio por alguns segundos.
— Talvez se aparar a barba poderia restaurar seus pontos de confiança. — ela ironizou ao cruzar os braços e olhar diretamente para a mesa de centro, onde deixou a máquina.
Não havia outra opção de reparar o erro que cometi, mesmo que fosse por engano. A minha curiosidade ao ver Cecily estranha nesses dias foi maior e era algo incrível que estava por vir.
— Está bem. Tudo pelo bem da nossa família. — disse me levantando do sofá.
— É isso mesmo, tudo pelo bem da família. — enfatizou alisando sua barriga, que ainda não demonstrou sinais de estar crescendo.
