A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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— Você tem que sair da minha casa, agora.
Eu mal havia chegado de uma caminhada de rotina quando Cecily me enquadra bem em frente a entrada de sua casa.
— Pode me explicar o que está acontecendo? Uma hora atrás estávamos bem.
– Sim, até ele aparecer aqui. — ela afasta mais a porta, revelando a quem estava atormentando sua paz.
E o que aparenta é que ele também tiraria a minha.
Aquela atitude não iria acabar se não desse um fim nela, e claro, Arthur era somente problema meu.
Adentrei a residência de Cecily e, depois de fechar a porta, foi embora da sala sem deixar de encarar meu primo. Lembrei-me de que, no passado, eles haviam tido um caso que não terminou bem.
— Bom, Arthur. Como conseguiu me encontrar? — assento-me no sofá distante dele.
Era melhor evitar aproximação após anos longe um do outro.
— Saí da cadeia com contatos de peso, primo. Eles sabem muito sobre você.
Impossível, ninguém mais sabia além de Cecily e Bethany.
Exceto se alguém obrigou umas delas a dizer a verdade e óbvio que Cecily não foi a vítima.
— Ameaçou a Bethany para conseguir me encontrar?
— Claro que não, inclusive não tive contato algum com ela. Mas outras pessoas que tiveram estão loucas para chegarem até você.
Por isso a preocupação de Cecily, logo este local não seria mais seguro para mim.
Eu infelizmente não poderia seguir em paz com a minha vida, mesmo deixando tudo para trás.
— Eu imaginei que sua querida amiga teria alguma informação sobre você. – eu não demorei para perceber que ele se tratava da Chloe. E como queria esquecer este nome. — O que aconteceu?
— Prefiro conversar sobre o que venho fazer aqui.
— Sabe como está minha mãe?
Encarava de volta as iris esverdeadas e aflitas por respostas. Ao que parece, ele não queria discutir comigo. Apenas ter uma conversa calma. O que muitas vezes era difícil termos.
— A última notícia que tive dela foi que viajou para a cidade natal da nossa avó. Depois não tivemos mais contato. — ele assinte desviando seu olhar de mim.
— O que você acha que deu de errado com nossa família?
A princípio e, possa ser o pior de todos, nossa avó não tinha planos de construir uma família. Diferente de nosso avô, que criou nossas mães de formas diferentes. No final, a mais rebelde da família tinha mais consciência do que os demais.
