A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
— Merda!
Rápida, puxei Harper pelo braço para nos escondermos nas paredes externas do restaurante. Jamais imaginaria que essa possibilidade poderia acontecer e... isso era muita coincidência.
Como?!
— O que foi, Chloe? — Harper sussurrou para mim, não entendendo o meu susto.
— Têm pessoas que me conhecem lá dentro, não posso chegar assim como se nada tivesse acontecido.
Ela ainda mantém o cenho franzido, dando uma rápida espiada pelo interior do restaurante.
Desta vez não conseguiria minha vaga de subgerente.
Talvez um outro momento.
— Estou vendo o garoto que conheci na consulta a alguns dias, posso tentar ajudar de alguma forma.
— Harper, seria ótimo. Mas não se trata de uma pessoa que apenas me viu uma vez na vida, trata-se de alguém na qual trabalhei anos atrás sendo colegas.
E era nada menos que Alice Johnson.
Ela não era muito de ser o meu pior pesadelo no momento, entretanto alguém que poderia derrubar nossos disfarces de uma vez por todas e eu também não queria arriscar.
— Chloe, você ficou a quase quatro meses sem conseguir um emprego, não pode ser agora que vá por água abaixo. — ela consegue fugir de mim, adentrando o restaurante sem a minha companhia.
Logo estava cumprimentando a dona do estabelecimento e seu filho. O que me impressiona, é que ela parecia não reconhecer a Harper, mesmo que Stefan tenha feito muito bem a sua fama e exposto muito sua família.
O que me faz acreditar que poderia entrar tranquilamente no local e ainda sim, sairmos despercebidas. Aos poucos, tomei coragem de encarar alguém do passado que não via há mais de dez anos.
Infelizmente, a deixei surpresa.
— Aby, eu cuido das entrevistas a partir de agora. — e mesmo tentando não mencionar meu nome verdadeiro, ela não sabia como esconder que me conhecia de algum lugar.
— Viu? Ela não disse nada sobre você. — Harper sussurra, mas ainda sim, cedo demais.
O senhor se levantou da mesa, seguindo com várias pastas nas mãos em direção ao próximo andar, tendo que subir um lance extenso de degraus.
— Quando conheci sua filha não imaginava ser tão bonita quanto falava. — Harper abre um sorriso orgulhoso e direciona seu olhar para mim. — Mas estamos precisando de um subgerente, e não de pessoas para arrancar elogios, certo?
— Ah sim. — Murmurei sem jeito.
— Pode me acompanhar até a cozinha? Eu, não gosto de fazer entrevistas dessa forma, deixa a pessoa desconfortável. — Para mim, seria mais desconfortável mentir sobre mim diante dela. Mas tudo para conseguir um emprego no momento.
