47 • Sobre indecisões

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Faz duas horas desde que o horário do almoço passou e não quis sair de minha sala para continuar com os trabalhos de relações com os demais sócios do restaurante

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Faz duas horas desde que o horário do almoço passou e não quis sair de minha sala para continuar com os trabalhos de relações com os demais sócios do restaurante. Em breve precisávamos marcar uma reunião para discutir alguns pontos que mudariam neste período e era o que estava levando em consideração até o momento. Em como tratar de um possível assunto delicado para seus investimentos.

— Você não desceu para o salão hoje. — mal havia notado a presença de Alice na sala. Ela segurava em suas mãos um recipiente com a refeição de hoje e expõe em cima de minha mesa. — Algum problema?

— Não, só estava revendo alguns detalhes sobre nossas relações com alguns sócios, precisamos marcar uma próxima reunião.

Ela se manteve calada enquanto eu continuava procurando mais detalhes e no fundo querendo fugir de outras questões que me rondam.

— Está tudo bem com você e a Harper?

— Claro. Por que não estaria? — ela sabia de detalhes que às vezes me incomodavam na garota, mas isso não levava tão a sério.

Eu também já passei por fases em minha adolescência e não deveria julgar tanto a dela.

— Chloe. — Alice estende suas mãos e interrompe meu ato de ficar fazendo anotações ao segurar as minhas. — Sabe que pode me contar o que está te incomodando sem medo. Mas caso não se sinta à vontade, eu te respeito da mesma forma.

Como dizer que o motivo que me incomoda por alguns dias era ela e Thomas? A indecisão de aceitar alguém que realmente estou gostando?

Suspiro, desviando meu olhar dela em seguida. Não era forte e corajosa o bastante para admitir.

— Há um tempo, uma pessoa admitiu que estava gostando de mim e eu também a admiro e gosto de estar em sua companhia. Mas às vezes eu penso que aquilo não poderia ser levado a sério pois acho que não dará certo futuramente.

Alice solta minhas mãos, se reconfortando na cadeira que havia sentado anteriormente.

— Mas... se... se vocês se gostam e também adora sua companhia, por que se sentir insegura quanto isso?

— Eu já disse, não vai durar por muito tempo. — Levanto-me do meu assento executivo, caminhando em direção ao bebedouro no canto da sala. — Quando a conheci, não tivemos boas impressões de cada. Eu o achava um canalha e ele me achava ser uma inimiga da sua investigação.

— Então é um ex colega seu? — Thomas e eu não éramos realmente colegas até os planos de Royal mudarem, mas sim, ele foi por um tempo. — Mas é normal não termos boas impressões de primeira. O que importa é o processo que seguirão juntos depois, se conhecendo melhor.

Essa conversa sobre o Thomas não está me agradando. Por que sentia indiferença disso?

— Mas claramente você não se sente bem quando pensa nisso. — assim que enchi meu copo, segui de volta para a mesa, me assentando novamente. — Por que não seja sincera com ele?

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