A vida perfeita talvez não seja ao lado de alguém, talvez a solidão também não seja a melhor a opção. Mas equilibrar estes extremos possa ser uma boa dose de vivências, felicidades e conflitos.
Chloe pensava que poderia ter a vida que sempre quis...
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Mais uma vez vivendo o pesadelo de estar sendo interrogado.
Passei meses fugindo disso, semanas tentando me estabelecer em uma nova vida e dias desconfiando de mais problemas pela frente.
Só não imaginava que seria da pessoa que confiei nos últimos meses.
— Então, Stefan. Terá que me contar tudo se quiser que suas punições sejam diminuídas. — a investigadora eleva seus braços acima da mesa, me olhando seriamente.
Apenas desvio meu olhar, me recusando a admitir.
— Por que a senhorita Clark estava em sua residência?
— Eu não irei dizer nada.
— Quer mesmo continuar com seu atrevimento e inocência fútil diante de pessoas que não estão ligando para sua ignorância?
De qualquer forma, não poderia ter alguma salvação. A minha ficha não era a melhor e ao saberem disso, pegaria perpétua.
— Ajude a melhorar a sua situação e a da sua esposa. Ela não foi levada imediatamente por conta da sua condição, mas está em alguma cela esperando sua vez de ser interrogada. Agilize sua parte.
— O que tenho a dizer, é que fui pego de surpresa e a Bethany estava no lugar errado e na hora errada.
— Está dizendo que a vítima seria sua própria esposa?
— Mas que merda está dizendo?! — vocifero irritado com a mulher à minha frente. — Jamais machucaria ela!
— Diria o mesmo para a moça a qual assassinou assim que teve uma criança e que anos dizia ser sua?
Merda. Já não perderam tempo.
Um outro oficial pede permissão para adentrar a sala de interrogatório, após a agente autorizar, ele cochicha algo em seu ouvido recebendo sua concordância.
— Se não puder dizer para mim, haverá outros que saberão da verdade e não terá escapatória dessa vez. — a mesma se levanta, partindo de volta para a saída da sala.
Esperava que teria alguns minutos para pensar no que tinha feito e pelo menos convencer outra pessoa que o culpado de tudo era apenas eu.
Algumas horas antes...
Chegar em um consenso com Cecily era impossível. Acabamos tendo a ideia de planejar o chá de revelação do nosso bebê e não tinha noção o quão chato era escolher cada detalhe e como aquilo conseguia estressar facilmente Cecily.
— Amor, é apenas a revelação do sexo de um bebê. Não precisa de muito, não precisa ser perfeito como o jantar com nossa família. — comentei tentando acalmá-la e no fundo, tentar me acalmar também.
— Stefan, você não tem o mínimo de noção o quanto isso é importante para mim...
— É importante para nós dois. Somos uma família. Mas o que estou dizendo é que o momento será especial com ou sem todos estes detalhes que quer demonstrar para outras pessoas. Porque é isso que você deseja, demonstrar às pessoas que está bem e não é necessário.
