Capítulo 7 - Ardiente, caliente

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— Aaah, aqui está ela... A flor mais linda desse universo!

Luciano acariciava lentamente com dois dedos a região de Martín que ele acabara de invadir violentamente. Tomado por uma admiração que de fato beirava àquela de um apreciador de artes, o brasileiro alisava o próprio pênis que reclamava para voltar a ficar dentro do buraco do argentino feito da carne mais vermelha e que agora pulsava inchada, piscando, abrindo e fechando como se não quisesse ficar exposta.

Martín sentia que, se lhe perguntassem o dia do mês e da semana naquele instante, não saberia responder. Todo o corpo do argentino continuava dando espasmos que pareciam não querer terminar.

Todo o corpo dele estava, também, intensamente sensível.

O argentino permanecia deitado de costas, as pernas levemente afastadas uma da outra por um Luciano eternamente pronto para invadi-lo.

Martín esticou uma de suas mãos pra trás, segurando sem força alguma o pulso do brasileiro cujos dedos da mão insistiam em estimulá-lo naquela região que gritava em sensibilidade.

— Pare... – Martín sussurrou, tão baixo que Luciano quase não o ouviu.

— Perdoa teu dono, neném. Eu prometi que não tiraria meu pau de dentro de você até eu gozar, mas precisamos regar essa florzinha aqui...

Luciano começou a acariciar a região envolta do buraco que continuava piscando incansável, desvencilhando-se com facilidade da mão do argentino que não tinha força o suficiente para impedi-lo de fazer qualquer coisa.

Os gemidos de Martín, que também não paravam, ficavam cada vez mais abafados porque o argentino afundou o próprio rosto no meio dos lençóis, tentando acalmar aquelas sensações do orgasmo que perduravam, tentando lidar com a ardência no seu interior que ficava mais forte com os dedos de Luciano ali no local.

"Como é que as mulheres dão conta disso?", ele pensava a respeito do tipo de orgasmo sem ejaculação e totalmente vibracional que acabara de ter.

— Huumm... Vejamos... O que é que eu posso usar aqui?

Luciano finalmente afastou os dedos da entrada de Martín, virando o rosto de um lado para o outro e vistoriando o quarto à procura de algo que pudesse servir de lubrificante.

Pensou em pegar algum creme no banheiro – se tivesse algum naquele hotel fuleiro, mas a sua visão alcançou algo que a perversidade dele julgou ser muito mais interessante e estimulante.

— Aguenta aí, cariño – o brasileiro disse, abaixando-se para dar um beijo exatamente na região mais central dentre as nádegas do argentino, como se fosse uma verdadeira despedida.

Martín choramingou em resposta ao beijo repentino, sentindo a cama se afundar enquanto o brasileiro se movimentava, levantava e ia em direção à mesa na qual estava o som que insistia em repetir os mesmos funks (os quais Martín agradeceria posteriormente por terem disfarçado seus gemidos ensandecidos).

O argentino, sem levantar a cabeça para ver o que é que Luciano estava fazendo, escutou-o mexer em algo parecendo plástico. Escutou os passos alegremente apressados do brasileiro que voltava à cama, sentando-se mais uma vez no meio das pernas semiabertas de Martín, que permanecia deitado de costas, com suas energias completamente drenadas.

Martín escutou também quando Luciano abriu esse plástico com a boca.

"Uma... Camisinha? Esse lugar é um motel??"

O argentino queria questioná-lo, queria ter forças para olhar pra trás e ver o que é que estava acontecendo, mas ao menor movimento de seu corpo Martín sentia sua pele queimar, de tão sensível que estava.

Private Dreams (BraArg) (PT-BR)Where stories live. Discover now