Capítulo 40 - Que por onde vou o seu amor é o bem maior em tudo que vejo

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— Se tu quer tirar, tire sozinho, neném. Se agache aqui no chão e faz força que sai!

Martín percebia seus sentidos envolvidos demais na dicotomia daquele momento. Enquanto Luciano o abraçava com uma delicadeza impressionante, enquanto o banheiro ficava úmido e quente pelo esfumaçar do chuveiro ligado que também parecia aconchegar o argentino, o brasileiro despejava suas palavras habitualmente libidinosas ao mesmo tempo.

— Luciano, só tira isso logo, pelo amor de Deus...

— Tá doendo de novo?

— Está incomodando...

— Então deixa eu te ver parindo um plug?

Hijo de- no, no, pare! Se você não tirar, então eu tiro...!

Martín levou uma mão até às costas, encontrando os dedos de Luciano que estavam na base do plug e tentavam girá-lo despreocupadamente.

O argentino não entendeu a real razão de ter perdido a coragem de tocar naquele brinquedo ainda inserido em seu corpo. Por um breve instante, sentiu que ele mesmo poderia retirar o plug, mas um receio inexplicável tomou conta de sua resolução.

— Luciano... por favor... – Martín choramingou, as duas mãos encostadas no peito do outro homem, levantando o rosto para suplicar ao brasileiro enquanto o olhava diretamente nos olhos.

O moreno resmungou.

— Isso não pode ser justo. Não pode ser! Esse azul dos teus olhos consegue me convencer de qualquer coisa, quê que é isso, rapá? Pura desvantagem pra mim...

Luciano abaixou o rosto para tocar os lábios de Martín com a própria boca, e o beijo repentino pareceu fazer com que o argentino sentisse em atraso a força com que o brasileiro lhe arrancara o brinquedo sexual.

Aquele impacto de ter um corpo estranho saindo tão bruscamente de dentro do próprio corpo fez com que as pernas de Martín fraquejassem. Agradecendo internamente pelo fato de o banheiro estar pelo menos quente o suficiente para que sua região mais íntima não fosse atacada por um ar frio, o argentino se agarrou mais uma vez aos braços de Luciano.

Necesito limpiarme... – Martín disse, tentando se afastar do abraço que o brasileiro lhe dava, apenas para que Luciano o apertasse ainda mais forte contra o corpo moreno molhado. — Só espere até que eu me limpe, eu já saio...

— Eu vou te limpar – Luciano falou, e imediatamente em seguida o argentino sentiu os dedos do moreno invadindo-o pela segunda vez naquele dia. — Tá sensível aqui?

Martín não precisava responder, encarando Luciano mais uma vez com um olhar repreensivo. O loiro tentou segurar seus gemidos, não querendo assumir uma derrota completa para aquele brasileiro, mas as reações de seu corpo eram sinceras demais.

Luciano o aninhou dentro do braço moreno que segurava Martín pelos ombros, seus dedos da outra mão trabalhando rigorosamente em tirar os resquícios de seu prazer que fora jogado dentro do argentino.

Martín não soube dizer se os corpos dos dois homens balançavam, ou se sua própria mente se perdia na hipersensibilidade da região mais baixa de seu corpo, mas a voz de Luciano parecia coordená-los naquela oscilação natural:

— Eu adoro cuidar de você, Martín. Eu adoro fazer tudo por ti... Se dependesse de mim, eu te limparia assim sempre que a gente fizesse o que a gente faz juntos... Mas na maioria das vezes tu não me permite. Só quando tu realmente não consegue nem se levantar da cama é que eu faço isso, porque tu cai no sono e eu não posso te deixar correr o risco de sentir dor depois. O que eu queria mesmo era fazer sempre desse jeito, ó, abraçadinho contigo debaixo do chuveiro, te dizendo o quanto tu me satisfaz demais...

Private Dreams (BraArg) (PT-BR)Where stories live. Discover now