11 - Faria do céu um inferno para te defender 💭

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* Alerta de possível gatilho

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* Alerta de possível gatilho.

As colegas de Eloá chamaram-na para ir à praia, então ela teve a ideia de convidar o primo, pois era seu melhor amigo e gostava de incluí-lo em seus programas.

Lucca prontamente aceitou, já que adorava a companhia dela e estava precisando pegar um sol. Além disso, mesmo que Clara, sua 'peguete', não estivesse presente, aquele lugar estaria repleto de outras garotas, o que seria lucro para o rapaz.

Ele tentava se enganar que seu foco principal não seria Eloá. Apenas tentava, pois no fundo, bem no fundo, sabia que a verdade era outra.

Enquanto isso, o desejo dela era apenas se divertir ao lado das pessoas que tanto gostava. Contudo, mesmo sem perceber ou se importar, Eloá chamava muito a atenção de quem passava pelo local onde haviam se acomodado.

É que, apesar de estar a um ano de completar a maioridade, a garota já tinha as curvas de uma mulher formada e atraía olhares, inclusive de homens que não sabem respeitar corpos femininos.

Lucca também fazia parte do grupo de pessoas que ficavam desconcertadas quando Eloá tirava a canga e expunha o biquíni fio dental. Obviamente, ele a respeitava. Só que, ao contrário dos outros, que demonstravam certa admiração, o rapaz ficava desesperado, pois seus ânimos se alteravam, já que memórias recentes vinham à tona.

Todo e qualquer olhar lembrava o gosto de seus lábios doces. Cereja.

Ah, nem podia pensar muito, porque logo se empolgava e isso não seria nada legal numa praia cheia de gente.

A relação entre os dois estava bastante confusa com tantos hormônios, mas não deixavam o tesão atrapalhar a amizade e esse era o mais importante, pensava o rapaz.

Só que aquele não era o foco do momento, então Lucca se reuniu com alguns rapazes que havia conhecido naquele mesmo dia e voltou toda a sua atenção para a altinha à beira-mar que estava prestes a começar.

O sol estava extremamente forte e a pele de Eloá necessitava de um refresco. Se ficasse deitada naquela canga se bronzeando por mais cinco minutos, era capaz de fritar. E foi exatamente isso que a garota decidiu fazer: tomar um banho de mar, daqueles que rejuvenescem e lavam a alma.

Eloá só não havia percebido que um homem com o triplo de sua idade estava prestando atenção em cada movimento que ela fazia.

Ele a estava seguindo desde cedo, inclusive. Só que a garota era tão bondosa, que jamais perceberia a maldade em um senhor acompanhado pela família.

Então, quando percebeu que a garota passou ao lado de um quiosque abandonado, o homem a empurrou em direção à entrada, que não possuía porta.

Eloá sequer teve reação, pois a atitude do sujeito foi extremamente inesperada. Ela estava tão em paz caminhando em direção ao mar, que não percebeu aquele nojento se aproximando dela.

O lugar estava apenas sendo iluminado pelas frestas das aberturas que um dia foram janelas e agora estavam tampadas com pedaços de madeiras apodrecidas. Eloá não conseguiu identificar o rosto daquele nojento, nem gritar por socorro, pois estava muito assustada com o puxão em seu braço e o toque não permitido em um de seus seios.

— Fiquei apaixonado por você desde o momento em que te vi chegando nessa praia e deitando naquela canga. — Ele se aproximou do ouvido da mais nova e cochichou, arrancando os piores calafrios possíveis da mesma. — Mulheres bonitas como você são raras por aqui.

— Pelo amor de Deus, moço... — Eloá finalmente conseguiu falar. A garota estava com uma tremenda falta de ar devido ao nervosismo que sentia. — Eu sou menor de idade, me deixa sair daqui.

— O proibido me excita. — Ele sorri apertando ainda mais o seio da garota e ela começa a chorar de desespero.

— Sabe o que me excita? — A voz de Lucca surge por trás daquele homem, fazendo com que Eloá finalmente voltasse a respirar. — Meter a porrada em estuprador. — O rapaz desfere um soco no nariz do babaca, sentindo o osso se quebrar em sua mão.

A sensação de vê-lo sangrando foi prazerosa, principalmente após flagrá-lo tocando o seio de sua prima e perceber o pavor no rosto da garota.

Lucca percebeu que havia algo de errado quando olhou para a barraca e não encontrou Eloá. Ela também não estava na água, nem em qualquer outro lugar próximo. Preocupado, decidiu procurá-la.

Por sorte não demorou muito. Mas se sentia mal por não ter percebido o sumiço antes, então decidiu compensar metendo a porrada naquele estuprador de merda.

— Lucca, para, você vai matá-lo! — Eloá implora, mas o garoto não parecia se importar e continuou montado no colo do homem enquanto socava seu rosto ininterruptamente com toda a força que tinha no corpo.

A questão é que, ao contrário de Eloá, que não conseguiu gritar quando sofreu a tentativa de abuso, o estuprador sabia fazer isso muito bem. Isso chamou a atenção de toda a praia, inclusive da esposa dele, que ficou apavorada e cheia de ódio ao ver o marido sendo espancado em meio a uma poça de sangue no chão do quiosque abandonado.

Ela sequer perguntou o motivo daquilo ou quis ouvir Eloá. Sua posição foi veementemente defender o marido, independente do que tivesse acontecido. Por fim, a polícia foi acionada e essa foi a primeira vez que Lucca foi parar na delegacia.

Ele e a prima foram juntos em uma viatura, enquanto o estuprador e a esposa foram em outra.

— Obrigada por ter feito isso por mim, Lucca. Se não fosse você, aquele nojento teria me violentado da pior forma possível. Não sei como irei me recuperar disso, quem dirá se ele tivesse terminado o que pretendia. — Eloá fala e o primo lhe dá um abraço apertado.

— Você sabe que faria do céu o inferno para te defender, Lolô. — Ele acaricia seus cabelos, que estavam extremamente desgrenhados. — Sabe que estou com você agora e sempre.

Não demoraram para chegar à delegacia, onde foram ouvidos e fizeram exame de corpo de delito.

O homem permaneceu preso, pois existiam três mandados de prisão condenatórios pelos crimes de estupro de vulnerável contra ele. A pena? 60 anos de regime fechado.

No fim do dia, a família toda se reuniu na casa de dona Conceição. Lá, todos acolheram Eloá pela violência que sofreu e parabenizaram Lucca pela forma que defendeu a prima.

De fato, inseparáveis.

Segundas Intenções ✔️Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt