Eles são primos, mas ela sempre teve segundas intenções. Ele nunca soube, então nunca se importou em poupá-la de suas experiências. Ela não aguentou mais e transformou o sentimento bom em ódio e mágoa.
O tempo passou e as coisas voltaram a mudar qu...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Não tive outra reação a não ser segurar Eloá. Sei que estou seminu e que tanto contato é até mesmo inapropriado, entretanto, ela simplesmente despencou ao chão na minha frente. Não poderia agir diferente, caso contrário, ela poderia se machucar e jamais permitiria que isso acontecesse.
Ao perceberem a queda da aniversariante mais nova, todos voltam a atenção para ela, que está nos meus braços. A música foi automaticamente pausada pelo DJ.
Lúcia se aproxima e começa a abanar o rosto dela incessantemente, acreditando se tratar de uma queda repentina de pressão. Tio Márcio vem correndo e abre o olho da filha, que continua apagada. Ele vai até a coxia para pegar uns panos molhados e colocar na testa de Eloá.
Apenas neste momento de extremo tumulto Jonas, que está completamente bêbado no bar, percebe o que está acontecendo. Com isso, ele anda cambaleando até o palco. Sei que é meu amigo, mas estou começando a sentir raiva dele.
— Ela simplesmente caiu? — Meu pai pergunta enquanto tia Dorotéia liga para os bombeiros. Tio Márcio está passando cuidadosamente o pano molhado no rosto da filha.
Após subir cambaleando pelas escadas, Jonas para à minha frente e encara meu abdômen exposto colado ao corpo da namorada. Automaticamente o mesmo fecha a feição, como se esse contato fosse relevante nesse momento.
— Por que está segurando ela desse jeito, tão agarrada ao seu corpo? — Questiona enciumado, interrompendo a pergunta de meu pai e querendo tomá-la de meus braços, apesar de mal conseguir se manter de pé. — Está se aproveitando da fraqueza dela! Será que ninguém está percebendo? — Encara meus familiares, que o fitam irritados, pois conhecem meu caráter.
Respiro fundo, irritado e muito ofendido com a acusação. Como pode esse desgraçado, que me conhece há anos, falar uma merda dessas? Isso porque se dizia meu melhor amigo. Puta que pariu, não é possível.
Beleza, ele está bêbado agora, mas e o foda-se? Ele estava completamente sóbrio quando deu a cotovelada na Eloá, então o mau caráter não sou eu.
— Pai, apenas estávamos dançando quando, do nada, ela despencou. — Engulo em seco e respondo a meu pai, ignorando inicialmente a acusação de Jonas. — Mário, você poderia segurar a sua irmã por gentileza? — Encaro meu primo, que assente prontamente e acolhe a garota.
Totalmente livre , dou um sorriso de ódio, viro meu corpo na direção de Jonas e, antes que qualquer pessoa possa me impedir, desfiro um cruzado em sua mandíbula, sentindo o estalar do osso nos nós dos meus dedos. Ótima sensação, espero que fique um bom tempo sem falar merdas depois disso.
Ele se afasta e leva as mãos ao rosto após um grunhido de dor. O conheço o suficiente para saber que teria revidado se pudesse, mas estava bêbado e com dor, então permaneceu agachado, pressionando as mãos contra a mandíbula.
— Quero que me escute bem! — Falo irritado e já percebo meu pai se aproximando, com medo de que eu parta para cima do rapaz novamente e perca ainda mais minha razão. — Primeiro de tudo, seu bêbado miserável: JAMAIS faria algo de mal à Eloá. Ela é a pessoa mais importante da minha vida! — Esbravejo e vó Conceição me interrompe com sua comemoração.