33 - Poderia sofrer, mas prefiro foder (+18)

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Até que ponto vai o meu autocontrole? Fiquei me perguntando isso durante todo o percurso entre o Clube de Strip e o prédio onde Eloá mora

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Até que ponto vai o meu autocontrole? Fiquei me perguntando isso durante todo o percurso entre o Clube de Strip e o prédio onde Eloá mora. Ela conseguiu me tirar completamente dos eixos com essa atitude que definiu como "vingança". Eu, por minha vez, denominei como tentativa de homicídio. Diante do estado em que fiquei, achei muito mais adequado.

Permaneci por quase uma hora ali, estacionado, aguardando algum sinal de que Eloá estaria sozinha, já que tinha sérias suspeitas de que Lúcia a teria acompanhado para conversar sobre o show que fez naquela noite. Mas nada acontecia e aquilo estava começando a me frustrar.

Minha sorte é que a sacada do apartamento dela fica de frente para a rua e Eloá gosta de observar o céu noturno. Ela sempre foi romântica quando o assunto é a lua. Até sorrio com a memória do nosso primeiro acampamento, onde resolvemos dormir ao ar livre, apenas para que ela observasse as estrelas sem a intervenção das luzes da cidade. A alegria dela era pura e contagiante.

E mais uma vez torna-se doloroso o fato de não ter enxergado o óbvio. Como deixei uma garota como ela simplesmente escapar das minhas mãos? Hoje, sabendo dos fatos, não consigo aceitar como o Lucca do passado foi extremamente burro ao pensar apenas com a cabeça de baixo. Jamais vou me perdoar, assim como sei que ela também não irá.

Respiro fundo quando observo a loira apoiada na grade de proteção, observando o céu. Preciso ir até lá, contar-lhe sobre as sensações que me provocou enquanto rebolava em cima do meu pau e provocava incessantemente cada instinto do meu corpo. Para além disso, necessito urgentemente confidenciar como meu coração tem errado as batidas ultimamente, principalmente depois que compartilhou seus sentimentos juvenis.

Preciso que essa noite ela seja minha, unicamente minha. Amanhã fica a cargo dela voltar a me odiar. Podemos até mesmo continuar com essas aulas loucas de sexo e sedução, mas hoje não. Hoje quero tê-la como mulher, tratá-la como merece, como sempre mereceu.

Que ignoremos todas as mágoas que já passamos. Na verdade, que finjamos, apenas hoje, que o tempo nunca passou e Jonas nunca existiu na vida dela. Quero sentir o gosto dos seus lábios de cereja, aqueles que sempre me deixaram completamente insano quando mais novo. Nos devemos isso. E, para além de tudo isso, de sensações carnais, necessito, mais que tudo, me desculpar por ter sido tão irresponsável afetivamente.

Por fim, decido sair desse emaranhado de pensamentos e tomar alguma atitude diante de tantas vontades. Porra, nunca desejei tanto alguém assim.

Abro a porta do carro e dou exatamente três passos até a portaria do prédio, mas uma movimentação diferente na sacada do apartamento de Eloá chama a minha atenção, então prontamente volto o olhar àquela direção.

Dou uma risada completamente sem ânimo quando percebo o corpo da loira nu, recostado à grade, enquanto mãos percorrem lentamente suas costas até a bunda, dando um tapa forte.

— Pelo visto alguém não quis esperar a manhã seguinte. Só não sei como não te vi passar, amiguinho. — Falo comigo mesmo enquanto retorno raivoso para o carro.

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