Capítulo °10

26 5 1
                                    

Quando terminamos, permaneci deitado na cama, Karina se levantou no mesmo instante que Kate, pego a minha cueca e me vesti rapidamente para não correr o risco de Levi me ver pelado, ele já está bem chapado, e dá pra ver que ele chapado fala muita merda, assim que visto a minha cueca, ele se sentou de frente para mim, completamente pelado, desviei o olhar no mesmo instante e logo me levantei para pegar a minha bermuda, mas percebi que ele me seguia com os olhos.

— Cara? — Ele me chamou, olhei para ele e vejo ele me encarando.

— Pode falar. — Falo colocando a bermuda.

— Caralho, foi muito foda, eu estava precisando relaxar desse jeito.

— Foi, realmente foi muito bom! — Afirmei, e não estava mentindo, foi bom demais.

— Agora me fala, perder a virgindade não é bom? — Ele se levantou e cruzou o seu braço em meu ombro.

— Bom? É bom pra caralho!

— É por que foi a sua primeira vez, depois a experiência só melhora. — Ele deu alguns tapinhas em meu peito.

— Haverá outras vezes. — Andei até a cama em que ele estava, peguei a sua roupa e joguei para ele. — Agora se vista vai, não quero ficar vendo você pelado.

Ele sorriu, e começou a se vestir, apesar de não reparar, era difícil não notar o quão definido era o corpo de Levi, mesmo com o quarto escuro e a led, era bonito eu tenho que confessar, as meninas saíram do banheiro já arrumadas e decidimos sair do quarto, olhei a hora no relógio que marcava exatamente 2:40, nossa, a hora passou voando, nem parece que já faz tanto tempo que estou aqui dentro, e eu não estava nem um pouco afim de voltar para casa, eu sei que os meus pais devem estar me esperando chegar em casa para eu dar devidas explicações, mas eu estou pouco me fodendo para o que eles vão achar ou a opinião alheia, eles são narcisistas e querem me controlar, eu sempre corri atrás de ter o meu próprio dinheiro para não depende deles, e me dediquei muito para isso, e desde muito jovem eu sempre fui apaixonado por designer, o que me proporcionou trabalhos ótimos e conseguia clientes fáceis por minhas habilidades no trabalho, era bom, por que eu não tinha ninguém mandando em mim além de mim mesmo.

Acertamos tudo que tínhamos de pagar no hot, e logo saímos de lá, nos despedimos das garotas que foram embora de Uber, Levi e eu voltamos andando, o calçadão estava vazio, uma ou duas pessoas passavam por nós, eu não estava chapado, mas sentia uma tontura chata, ou eu estava e não queria confessar a mim mesmo? Eu não sei dizer, assim como Levi que alegava não estar.

— Olha, se você quiser, você pode dormir lá em casa e ir embora de manhã antes dos seus pais acordarem — Sugeriu Levi, foi gentil da parte dele.

— Ah, eu agradeço, mas os meus pais com certeza devem estar acordado esperando eu chegar.

— Que droga, não tem nada que eu possa fazer para te ajudar? — Perguntou ele, o mesmo havia tirado a sua camiseta, pois o calor que estava era desesperador.

— Sinceramente, não tem muito o que se fazer, apenas continuar sobrevivendo. — Respondi ele, mas logo mudei de assunto para não pesar esse clima.

— Escuta, os meus pais e o meu irmão sempre vão para a casa da minha tia no final de semana, você pode dormir lá amanhã e a gente faz o trabalho juntos, o que me diz? — Disse eu no momento em que lembrei que tínhamos um trabalho para fazer.

— Ah, por mim tudo bem, se isso não for te atrapalhar.

— Não vai, e outra, eu vou ficar sozinho em casa, ter companhia lá será legal.

— Fechado então, amanhã eu estarei lá. — Ele afirmou junto à um sorriso. Infelizmente tivemos que nos despedir assim que chegamos na rua da minha casa, Levi foi embora e eu voltei para a minha, imaginando a guerra que meus pais vão causar quando eu chegar em casa, meu coração apertava só de lembrar, ao me aproximar de casa, vejo que a luz do meu quarto estava acesa, estranho, eu não costumo deixar a luz acesa a menos que eu esteja dentro dele, já deduzi o que eu gostaria de não ser verdade.
Assim que abro a porta de casa, não havia ninguém no andar de baixo, subo as escadas já escutando os murmurinhos dos meus pais, até Jack sair do seu quarto e descer a escada.

— Onde é que você estava? — Perguntou ele.

— Isso não é da sua conta. — Fui seco e direto.

— Bom, se vira com eles então, otário. — Ele esbarrou o ombro com força no meu, e desceu até a cozinha, ao chegar na porta do meu quarto, vejo os meus pais mexendo em todas as minhas coisas, a minha cama estava bagunçada com os lençóis jogados no chão, minha escrivaninha totalmente desorganizada, com as canetas, cadernos espalhados pelo o quarto, assim como os meus livros da estante, todos pelo o chão, meu guarda roupa estava vazio, camisetas, calças, meias e cuecas jogados por todos os lados, mas que porra eles estavam fazendo?

— O que vocês estão fazendo? Qual é o problema de vocês? — Falei alto assim que vi a zona que eles causaram lá.

— Onde é que você estava em seu merda? — Rosnou o meu pai vindo em minha frente.

— Eu já disse, eu saí!

— E quem te deu a liberdade de sair sem a nossa permissão? — Insistiu ele.

— Se você está tão incomodado com isso, por que não me impediu antes de eu sair? — O encarei.

— Isso não importa, e de onde você tirou dinheiro? Eu não te do dinheiro algum, de onde você está arrumando esse dinheiro Kevin? — Berrou ele.

— Pra que isso te interessa?

— Anda logo Kevin! Fala de onde você está tirando a porra dessa dinheiro? — Berrou a minha mãe em seguida, vermelha de raiva.

— Isso...

— Fala logo seu lixo! — Meu pai me interrompeu. — Você anda traficando? Usando drogas, seja lá que diabos você está fazendo, de onde você conseguiu esse dinheiro? — Repetiu o mesmo.

— Eu não sei se você se lembra, eu tenho um trabalho, um trabalho onde eu recebo em dinheiro, e de lá que eu tiro. — Falei, soltando um longo suspiro, o meu pai passou a língua sobre os seus lábios, olhou para a minha mãe, e em seguida, antes de eu me dar conta do que estava acontecendo, fui atingido por um soco no rosto, ele me deu um soco tão forte que a minha cabeça bateu na parede ao lado da porta, sinto o gosto amargo do sangue na minha boca, e me senti trêmulo, em seguida, sinto a sua mão pesada agarrar o meu cabelo com força me fazendo olhar para eles.

— Escuta aqui, todo dinheiro que você pegar nessa droga você vai entregar para mim! — Disse ele.

— Eu não vou fazer isso, o dinheiro é meu, é o meu trabalho! — Falo alto, com raiva e com muita dor.

— Eu sou o seu pai, enquanto você estiver morando em baixo da porra desse teto, são as minhas ordens que você vai seguir, eu mando em você, portanto, o seu dinheiro é meu! — Ele me joga no chão e logo saiu do quarto, olho para a minha mãe que me olhava com desgosto.

— Você é uma vergonha, uma decepção para essa família, às vezes eu me arrependo de não ter colocado você pra fora quando tive a oportunidade. — Ela saiu andando para fora do meu quarto.

— Se eu morrer, não fará diferença alguma, já que eu sou um desprezo para vocês. — Falo com a boca trêmula, e o sangue escorria pela a minha boca, ela parou de andar e me olhou por cima dos ombros.

— Então se mata logo, vai estar nos fazendo um favor! — Ela desceu as escadas, lágrimas escorreram pelo o meu rosto, me levanto rapidamente e fecho a porta, a batendo com tanta força e ódio que senti o chão do meu quarto tremer.

Se eu Ficar? Vol.1 (Concluído)Where stories live. Discover now