Capítulo °41

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Algumas longas horas depois, eu havia arrumado toda a casa, e coloquei tudo em seus devidos lugares, a cozinha agora com tudo o que faltava estava linda, assim como a sala que já estava com a TV e o sofá, algumas decorações que faziam do ambiente um lugar agradável, eu ainda pensava em como agradecer o meu pai por isso.
No dia seguinte, eu recebi uma ligação dele dizendo que havia conversado com o seu advogado, e estavam resolvendo tudo em relação ao que a minha mãe fez, Inclusive, ele havia acabado de sair de uma reunião referente a isso e mencionou que minha mãe estava lá, eu tenho certeza que esse assunto não foi nada bom e imagino como a minha mãe deve estar espumando saliva de tanto ódio, decidi ir até a minha vó para contar as novidades a ela e perguntar se ela está sabendo dessa confusão, apesar do que houve, minha vó e a minha mãe ainda tinham contato, e outra, eu precisava agradecer a ele por ter me deixado ficar lá por um tempo.

Saio de casa e caminhei até a casa da minha avó, pensativo sobre tudo, eu me perguntava como a minha mãe iria pagar por todos esses anos? Onde ela iria arrumar tanto dinheiro? Por que se for parar pra fazer as contas, o ano em que meu pai começou a fazer esses depósitos mais o valor, iria dar uma bolada de grana.
Assim que me aproximava da casa da minha avó, eu vejo a porta entreaberta, coisa que a minha avó não costuma fazer, ao chegar próximo a escada, vejo a minha mãe abrindo a porta e me lançou um olhar feroz ao me ver lá, desceu as escadas rapidamente e veio em minha direção, a minha avó a segurou em seguida quando ela gritou para mim:

— Seu lixo, desgraçado! Você acabou com a minha vida, eu te odeio!

— Para com isso, ele é o seu filho — Disse a minha avó tentando mantê-la presa.

— Eu nunca quis ser mãe desse imbecil!

— Certo, e o que foi que eu fiz para você me odiar tanto? — Perguntei, sem demonstrar nem um pingo de dó.

— Você foi atrás dele, não foi? — Ela gritou novamente — Você fez a cabeça dele e agora eu tenho que te pagar tudo!

— Nesse caso eu não fiz nada, e sim você. É responsabilidade sua devolver tudo o que você gastou, o que por direito é meu! — Eu não ligava muito para isso, eu não queria dinheiro, mas em tese eu estava certo, todos esses anos que ela gastou essas quantias absurdas, ela terá que entregar à mim por direito.

— Eu te odeio, eu deveria ter acabado com você quando tive a chance! — Ela dizia sem parar, e minha avó pedindo para que ela parasse com isso, de repente, vejo Francis se aproximando de mim com os punhos fechados, um curativo no nariz e alguns hematomas no rosto:

— Seu filho da puta, eu vou acabar com você!

— Não encosta em mim! — Disse em voz alta fazendo ele parar de andar quando já estava na minha frente — Se você encostar um dedo em mim eu juro que quebro o seu nariz de novo.

— Você não teria essa coragem, deixou de ser um bichinha pra virar homem?

— Experimenta encostar um dedo em mim, e você verá!

— Chega! Ninguém vai socar ninguém aqui — Falou a minha avó, vocês dois, vão para casa e resolvam a situação de vocês, naquele mesmo momento, um BMW preto estacionou em frente a casa da minha avó, e o meu pai saiu de dentro do mesmo e veio até nós.

— Jonas? Que surpresa te ver aqui querido — Falou a minha vó com uma voz doce é um sorriso alegre ao vê-lo.

— É muita cara de pal você aparecer aqui — Falou Francis ficando em frente ao meu pai.

— Me dê licença, o assunto ainda não se direcionou a você — Respondeu meu pai.

— E? Quero ver quando vai se direcionar a mim, ou eu vou ter que dar um soco em você primeiro?

— Engraçado da sua parte — Ele sorriu — Encosta em mim e eu te mostro o que é ter dignidade, experimente.

— Meu deus, até nisso você se parece com ele — Disse a minha avó se aproximando de mim.

— Você tem 4 dias para entregar a Kevin tudo o que você gastou em seus 16 anos de vida, caso contrário, você já sabe das consequências.

— Vocês arruinaram a minha vida! — Falou a minha mãe.

— Não, não... Você arruinou a sua vida.

— Jonas, eu não sei o que fazer, eu não tenho todo esse dinheiro.

— Sim, você tem que eu sei disso, se vira! — Meu pai fala olhando no fundo dos seus olhos.

— E qual decisão você acha que eu deva tomar? — Questionou ela aparentando estar desesperada.

— Decisões têm consequências, e indecisões mais ainda! Se você não fosse tão estúpida com tamanho ganância, isso não teria acontecido, você sabe o que tem que fazer — Ele me olhou e piscou um olho, sorri disfarçadamente.

— Bom, eu vim apenas para lhe dar esse aviso, e te asseguro filho, tudo vai ficar bem agora! — Ele disse me fazendo um gesto com a cabeça, e sorriu para a minha avó, deu alguns passos para o seu carro quando Francis berrou:

— Isso, vai embora seu covarde de merda, antes que eu acabe com a sua raça! — Francis de todo jeito tentava puxar briga com o meu pai, era evidente que ele queria isso, meu pai o intimidava e dava para perceber como Francis se incomodava com a sua presença.

— Francis, não é? — Meu pai perguntou e deu alguns passos até a sua frente, Francis assentou com a cabeça.

— É isso mesmo seu bosta, o que vai fazer agora? Dar uma de empoderamento e me... — De repente, Francis calou a boca quando levou um soco forte no nariz e caiu no gramado, pude ver sangue escorrer e provavelmente ele acabara de deslocar o nariz novamente.

— Fiz isso pelo meu filho, por todas as vezes que você ousou ser macho e bater nele, se ousar fazer isso de novo, eu juro que acabo com a sua vida — Meu pai deu meia volta novamente e entrou no carro, buzinou quando saiu, enquanto a minha mãe ajudava Francis a se levantar, eles não disseram nada, apenas saíram deixando eu e a minha vó para traz, eu entrei com ela para dentro de casa onde contaria à ela sobre as coisas que aconteceram recentemente, e diria a ela como foi conhecer o meu pai.

Se eu Ficar? Vol.1 (Concluído)Where stories live. Discover now